Produção Científica / Projetos

Resumo

Este Projeto tem por foco as suítes graníticas anorogênicas do SW do Cráton Amazônico. As unidades a serem investigadas compreendem maciços graníticos que fazem parte da Suíte Intrusiva Santa Clara, no estado de Rondônia. Esta suíte intrusiva faz parte da Província Estanífera de Rondônia e é uma das que comprovadamente exibem mineralizações de Sn.

O Projeto permitirá a consolidação do Laboratório MultLab da UERJ para a entrada em rotina da técnica U-Pb em zircão por LA-ICP-MS (Neptune). Neste sentido, o uso de isótopos será de grande importância para o estudo do magmatismo anorogênico do SW do crarton Amazônico. Ao final do projeto, pretende-se propor possíveis modelos de geração deste tipo de magmatismo tipo-A, contribuindo de maneira bastante efetiva para a comunidade científica colocando em rotina o LA-ICP-MS para analises em zircão na Universidade do Estado do Rio de Janeiro..

  1. Objetivos

Este projeto tem como foco principal o estudo e caracterização da Suíte Intrusiva Santa Clara, de idade mesoproterozoica e localizada no SW do Cráton Amazônico. Os estudos geocronológicos, geoquímicos e petrológicos acerca das diversas intrusões que compõem esta suíte intrusiva têm como principal objetivo o melhor entendimento dos processos geradores de magmas tipo-A, em especial aqueles rapakivíticos.

De forma mais abrangente, o estudo destes corpos intrusivos possibilita uma melhor compreensão no que se tange à caracterização temporal dos principais eventos de magmatismo geradores destes corpos. Adicionalmente, o estudo destes granitoides deverá auxiliar conseqüentes correlações e modelagens paleotectônicas/paleocontinentais.

Mais especificamente, pode-se citar seis diferentes objetivos a serem alcançados através deste projeto:

  1. Caracterização temporal dos episódios magmáticos responsáveis por gerar a Suíte Intrusiva Santa Clara através de dados de U-Pb e Sm-Nd;
  2. Consolidação do laboratório Multi-lab a partir de uma rotina de análises isotópicas, a fim de manter a aparelhagem em constante funcionamento. Desta forma, tanto a equipe quanto os equipamentos ficarão cada vez mais aptos para analisar grandes volumes de amostras;
  3. Caracterização petrográfica dos maciços intrusivos, com a descrição detalhada das variações faciológicas e composicionais, levando à identificação de processos petrológicos tais como o reconhecimento de fontes e fracionamento magmático;
  4. Caracterização litogeoquímica das diversas faciologias observadas a fim de identificar séries magmáticas, processos de fracionamento magmático, fontes e diferentes histórias de evolução, de acordo com o litotipo, entre outros;
  5. Caracterização da ambiência geotectônica capaz de gerar tais suítes de granitos tipo-A, a fim de reconhecer este tipo de ambiente tectônico, bem como suas principais características;
  6. Auxiliar em correlações paleotectônicas e paleogeográficas, aperfeiçoando modelos pré-existentes.

 

  1. Justificativas

O avanço nos estudos acerca do Cráton Amazônico tem sido notavelmente importante nos últimos 15 anos, principalmente no Brasil. No entanto, não se pode deixar de notar o fato de ainda haver importantes questões em aberto, especialmente no que tange à evolução crustal durante o Proterozoico do Cráton.

  1. Os corpos intrusivos objetos de estudo deste projeto constituem importantes marcos tectônicos do Mesoproterozoico no SW do Cráton Amazônico;
  2. A suíte intrusiva em foco é responsável por importante produção de Sn no Estado de Rondônia, e o estudo da mesma contribuirá de maneira expressiva para a atividade mineira da região;
  3. As diversas peculiaridades dos granitos tipo-A em termos de caracterização de processos petrológicos são de grande interesse para a comunidade científica, como demonstra a literatura internacional;
  4. O projeto ora apresentado envolve a formação de recursos humanos de graduação e pós-graduação, e através deste projeto dissertações e artigos serão publicados a fim de divulgar os dados obtidos pela equipe envolvida.
  5. O laboratório Multi-lab possui a infraestrutura necessária para realizar todas as análises de Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) e U-Pb LA-ICP-MS necessárias para alcançar os objetivos propostos neste projeto.
  6. Contexto Regional

O Cráton Amazônico (CA) é uma das maiores e menos conhecidas áreas cratônicas do mundo. Em terras brasileiras, possui uma área de aproximadamente 4.3x105 km² e é dividido em dois escudos Pré-cambrianos: o Escudo das Guianas e o escudo Guaporé, que são separados entre si pela Bacia Sedimentar Amazônica, de idade Paleozoica. O CA é circundado por faixas orogênicas de idade Neoproterozoica (Tucavaca na Bolívia, Araguaia-Cuiabá na parte central do Brasil e faixa Tocantins na parte norte do Brasil), e encontra-se estabilizado há 1.0 Ga.

Localizado no norte da América do Sul, o Cráton Amazônico é dividido em províncias geocronológicas principais. Estas províncias são definidas em parte segundo definições e princípios de Stockwell (1968), que criou uma divisão de províncias estruturais e geocronológicas do Escudo Canadense. Segundo tal definição, as províncias seriam grandes zonas dentro de áreas cratônicas, onde um padrão geocronológico característico é predominante, e as idades obtidas através de diferentes métodos isotópicos em diferentes unidades litológicas são bastante coerentes. As divisões são feitas principalmente levando em consideração as idades do embasamento metamórfico, bem como as características geológicas. No Cráton Amazônico, as províncias geocronológicas diferem em relação uma a outra pelas idades dos terrenos metamórficos e sua história geológica. É importante ressaltar que cada província possui rochas ígneas anorogênicas e coberturas sedimentares de idades distintas, e que possuem relação com eventos orogênicos nas áreas vizinhas.

Em termos geodinâmicos, a evolução proterozoica do Cráton Amazônico retrata uma colagem tectônica cuja origem vincula-se a um oceano pretérito consumido pela convergência de placas litosféricas entre 2.0 e 1.0 Ga (e.g., Cordani & Teixeira 2007). Conseqüentemente, a complexidade do quadro tectônico reflete a evolução de orogenias acrescionárias (tipo andino, himalaiano), sistemas de arcos intraoceânicos, microcontinentes, durante os quais ocorreram justaposições de assembléias litoestratigráficas distintas e deformação e metamorfismo policíclicos. Em adição, suítes intrusivas bimodais participaram ou sucederam as diferentes etapas evolutivas (e.g, Payolla et al. 2002, Santos, 2003). Nesse sentido é interessante notar que cada episódio magmático anorogênico foi acompanhado por deposição de coberturas vulcano-sedimentares sobre a região de antepaís, como reflexo dos eventos orogenéticos desenvolvidos na margem cratônica (e.g., Tassinari et al. 2000).

Tendo-se em mente este contexto envolvendo nuances na modelagem tectônica, a região sudoeste do Cráton Amazônico representa uma área-chave para entendimento da reconstituição paleogeográfica supercontinental proterozoica, incluindo a aglutinação de fragmentos litosféricos entre 1.2 e 1.0 Ga (supercontinente Rodínia). Contudo, apesar do conjunto de processos magmáticos, metamórficos e deformacionais do SW da Amazônia ser comparável com os da Laurentia e Báltica (eventos Elsoniano, Elzeviriano, Adirondeano, Grenvilleano, Sveconoruegeano; Gower et al., 1990; Ahall et al., 2000), os dados disponíveis para a Amazônia são pouco precisos e em menor número do que os existentes naqueles dois paleocontinentes.

Assim, o Cráton Amazônico foi dividido em seis províncias geocronológicas (Figura 1): Província Amazônia Central (PAC), Província Maroni-Itacaiúnas (2,2 – 1,95 Ga), Província Ventuari-Tapajós (1,95 – 1,8 Ga), Província Rio Negro-Juruena (1,8 – 1,55 Ga), Província Rondoniana-San Ignacio (1,55 – 1,3 Ga) e Província Sunsás-Aguapeí (1,3 – 1,0 Ga).

Província Amazônia Central (PAC)

É composta pela crosta continental mais antiga de todo o Cráton, que não foi afetada pelo Evento Transamazônico. Assim, trata-se de uma área tectonicamente estabilizada há mais de 2.2 Ga. Durante o Paleoproterozoico, esta província foi palco de expressivos eventos magmáticos e sedimentação. A PAC é subdividida em, dois blocos (Bloco Carajás-Iricoumé e Bloco Roraima), que são separados pela cobertura paleozoica que forma a Bacia Sedimentar da Amazônia. Em ambos os blocos, predominam as sequências vulcânicas, rochas plutônicas e granitos.

Província Maroni-Itacaiúnas (PMI)

A Província Maroni-Itacaiúnas teria sido, segundo o modelo geocronológico e idades disponíveis, a primeira faixa móvel a ser acrescida em torno do núcleo de idade arqueana. Nesta província, algum embasamento arqueano já foi identificado. Esse embasamento geralmente consiste de rochas polimetamorfizadas em alto grau, como o Complexo alóctone Imataca (>3.0 Ga) na Venezuela (Montgomery e Hurley, 1978) e o terreno exótico Cupixi (2.9 – 2.6 Ga), no Amapá (Lima et al. 1986).

Unidades metavulcânicas e metassedimentos deformados e metamorfizados em fácies xisto verde e anfibolito predominam na PMI, bem como terrenos granulíticos e gnaisse-migmatíticos. As sequências supracrustais são intrudidas por granitos de aproximadamente 2.08 Ga.

Província Ventuari-Tapajós (PVT)

De maneira geral, a Província Ventuari-Tapajós possui um padrão de dados geocronológicos pouco mais jovem do que a Província Maroni-Itacaiúnas. A PVT compreende predominantemente granitoides de composição calcio-alcalina, em contraste com sua vizinha PMI, onde predominam sequências metavulcanosedimentares e rochas em fácies granulito.

Dados geoquímicos sugerem mistura de componente crustal subordinado a magmas mantélicos, que predominam na geração da crosta desta Província. Sequências metavulcanosedimentares, vulcanismo cálcio-alcalino ácido a intermediário (Grupo Iriri) e granitoides associados são comuns, bem como granitos anorogênicos com textura rapakivi.

Província Rio Negro-Juruena (PRNJ)

A Província Rio Negro-Juruena tem sua história geológica entre o Paleoproterozoico e o Neooproterozoico. O embasamento é composto por granito-gnaisses e granitoides de composição granodiorítica a tonalítica. Em geral, as rochas foram metamorfizadas em fácies anfibolito, mas rochas em fácies granulito também ocorrem. Dados geoquímicos indicam fonte juvenil para a maior parte das rochas do embasamento desta Província. A sudoeste da Província Rio Negro-Juruena, na área de Jauru, sequências metavulcanosedimentares relacionadas a rifteamentos causados por atividades orogênicas nas áreas vizinhas ocorrem.

Granitos anorogênicos com ou sem textura rapakivi também foram descritos, com idades que variam entre 1.6 e 0.97 Ga (Serra da Providência, Maciço Santo Antônio, Suíte Intrusiva Teotônio, Granitos Jovens de Rondônia), além de magmatismo máfico durante alguns períodos (Tassinari, 1996).

O vulcanismo félsico em 1.6 Ga, responsável por gerar os granitos anorogênicos, está intimamente relacionado à Orogenia Hudsoniana, segundo reconstruções entre o Cráton Amazônico e o paleocontinente Laurentia feitas por Sadowski e Bettencourt (1996).

A Província Rio Negro-Juruena representa um arco magmático relacionado a processo de subducção que foi parcialmente preservado (Tassinari, 1981, 1984) ou dois arcos de ilha que sofreram acresção sucessiva (Tassinari et al., 1996). No entanto, Dall'Agnol et al. (1987) consideram a PRNJ como sendo um cinturão de colisão continental.

Província Rondoniana-San Ignacio (PRSI)

A Província Rondoniana-San Ignacio tem sua história geológica durante o Mesoproterozoico, com idades que variam entre 1.55 e 1.3 Ga. Possui um embasamento metamórfico granito-gnaisse-migmatítico e rochas metamorfizadas em fácies granulito. A PRSI é marcada por eventos importantes que envolvem arcos magmáticos e processos de colisão continental entre 1.51 e 1.34 Ga. Os primeiros são representados pelos arcos Rio Alegre, Santa Helena e San Ignacio (Matos et al., 2001; Geraldes et al., 2000; Tassinari et al., 2001).

O magmatismo anorogênico atribuído ao orógeno Santa Helena no norte de Rondônia, principalmente na Província Estanífera de Rondônia (Bettencourt et al., 1999), compreende na verdade duas unidades, representadas pelas Suítes Intrusivas Santo Antônio e Teotônio. Estas unidades, que teriam intrudido a crosta da PRSI há cerca de 1.75 - 1.53 Ga, possuem características de suítes intrusivas geradas em ambiente intraplaca, e magmatismo bimodal.

Província Sunsás-Aguapeí (PSA)

A Província Sunsás-Aguapeí tem sua histórica geológica dada entre o Mesoproterozoico e o Neoproterozoico. É a província mais jovem de todas que constituem o Cráton Amazônico. Consiste de uma área onde as rochas foram geradas pela erosão de crosta continental mais antiga, com deposição e deformação/metamorfismo destes sedimentos, além de um embasamento de aproximadamente 1.3 – 1.0 Ga (Litherland et al., 1986). Atividades magmáticas ocorreram no mesmo intervalo de tempo do metamorfismo.

Figura 1: Mapa com a distribuição das Províncias Geocronológicas do Cráton Amazônico segundo Tassinari Macambira, 1999.

Suíte Intrusiva Santa Clara

Kloosterman (1966, 1968) foi o primeiro a descrever rochas graníticas anorogênicas da Suíte Intrusiva Santa Clara, e as incluiu nos Granitos Jovens de Rondônia. No entanto, diferenças petrológicas, litogeoquímicas e diferenças em idades Rb-Sr e U-Pb indicam que os Granitos Jovens de Rondônia compreendem duas suítes intrusivas temporariamente distintas. As rochas graníticas mais antigas constituem uma suíte intrusiva (Santa Clara), que ocorre na parte central da Província Estanífera de Rondônia. São incluídas nesta suíte intrusiva rochas dos maciços Santa Clara, Oriente Velho, Oriente Novo, Manteiga e Jararaca (Leite Júnior et al., 2003; Figura 2).

Ainda é possível observar que, dentro desta suíte intrusiva, distinguem-se duas outras subsuítes, com características petrográficas, litogeoquímicas e idades U-Pb distintas. Uma subsuíte subalcalina é predominantemente composta por quartzo monzonitos porfiríticos de granulometria grossa, monzogranitos e sienogranitos, com quantidades subordinadas de sienitos equigranulares, álcali-feldspato granitos e albita granitos com mica litinífera. A outra subsuíte, de caráter alcalino, intrude as rochas que constituem a subsuíte subalcalina. No entanto, este episódio é restrito, ocorrendo apenas em alguns pontos dos maciços Santa Clara e Oriente Novo. Álcali-feldspato sienitos e microsienitos, álcali-feldspato microgranitos, microgranitos peralcalinos e feldspato-quartzo granitos com textura porfirítica são os litotipos que constituem esta segunda subsuíte, de caráter alcalino, e intrusiva na outra subsuíte (Bettencourt et al., 1999).

Cinco amostras de granitos da Suíte Intrusiva Santa Clara foram datadas, sendo que três destas fazem parte da subsuíte subalcalina e duas da subsuíte alcalina. As amostras da subsuíte subalcalina forneceram idades U-Pb de 1081±50 Ma, 1080±27 Ma e 1082±5 Ma, enquanto as amostras que fazem parte da subsuíte de caráter alcalino forneceram idades de 1074±214 Ma, sendo que o erro obtido pode ter sido devido à perda significante de Pb, e 1074±8 Ma.

Figura 2: Mapa geológico simplificado da Suíte Intrusiva Santa Clara, com a subdivisão em maciços segundo Leite Júnior et al., 2003.

  1.  Metodologia

Os estudos previstos para atingir os objetivos ora propostos neste projeto são multidisciplinares e incluem etapas como mapeamentos geológicos das áreas do Estado de Rondônia de interesse, análises petrográficas, microscopia eletrônica de varredura, litogeoquímica, geocronologia e geologia isotópica, através da utilização de métodos como U-Pb e Sm-Nd.

A estratégia de trabalho envolve equipes de professores e alunos envolvidos em projetos semelhantes, lotadas em universidades e institutos diversas (UERJ, UnB, USP) todas com excelente infraestrutura laboratorial.

  1. Mapeamento Geológico

O mapeamento geológico será realizado a partir de levantamentos de campo tendo por bases logísticas as cidades mais próximas da área de trabalho. Rodovias pavimentadas e estradas não-pavimentadas serão percorridas a fim de se chegar às áreas de interesse. Outras estradas não-pavimentadas com acessos à fazendas serão utilizadas, em uma malha regular composta de “linhas” e “travessas”, como são denominadas localmente.

Com o objetivo de evitar contaminações e resultados que de fato não reflitam a realidade, apenas afloramentos de rochas inalteradas serão amostrados, tomando-se o cuidado para uma amostragem o mais abrangente possível, que envolva todos os litotipos e fácies a serem observados.

  1. Análise Petrográfica

A análise petrográfica através da descrição de lâminas delgadas é de suma importância para a caracterização dos litotipos que compreendem as suítes intrusivas em estudo, permitindo o reconhecimento de minerais, texturas e estruturas.

  1. Litogeoquímica

A análise litogeoquímica de rochas é essencial principalmente para a caracterização das fontes geradoras de tais rochas. O processamento dos dados envolve a divisão em agrupamentos de amostras – quando estes existem – e posteriormente a interpretação de características tais como séries magmáticas, trends, fontes e reservatórios, enriquecimento e depleção de elementos químicos específicos, ambientação tectônica, etc.

  1. Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV)

A microscopia eletrônica de varredura consiste em uma técnica extremamente adequada e precisa quando se trata da análise das estruturas, microfraturas, inclusões e zoneamento em cristais de minerais. Normalmente, o aumento para a análise de materiais é da ordem de 10.000 vezes. Nesta técnica, a área ou o volume a ser analisado é irradiado por um fino feixe de elétrons, ao invés da radiação da luz, como no caso da microscopia ótica. Como resultado da interação entre o feixe de elétrons e a superfície da amostra, uma série de radiações são então emitidas, tais como: elétrons secundários, elétrons retroespalhados, raios-X característicos, elétrons Auger, fótons, etc. Estas radiações, quando captadas de maneira correta, poderão fornecer informações acerca do material que está sendo analisado. O microscópio eletrônico de varredura possui inúmeras vantagens em relação ao microscópio ótico e ao microscópio eletrônico de transmissão, dentre elas: facilidade na preparação de amostras, elevada profundidade de foco (imagem com aparência tridimensional, de qualidade superior) e a possibilidade de combinar a análise microestrutural com a microanálise química (EDX).

Esta análise será realizada nas instalações do Multi-lab, laboratório locado na Universidade do Estado do Rio de Janeiro que conta com toda a aparelhagem necessária para a realização das análises de grãos de zircões previamente selecionados. A utilização da Microscopia de Varredura Eletrônica é de grande valia para a seleção dos melhores alvos a serem usados durante a análise no LA-ICP-MS.

  1. Método Sm-Nd

O sistema Sm-Nd é extremamente útil na determinação de idades de cristalização, bem como de eventos magmáticos e metamórficos, e vem se mostrando eficiente na datação de rochas máficas e ultramáficas, dificilmente datáveis por outros métodos. Para a utilização deste sistema de datação, pressupõe-se que os minerais ou rocha analisados apresentem a razão 143Nd/144Nd inicial iguais. O método Sm-Nd fornece idades isocrônica e modelo, além do parâmetro petrogenético (Ɛnd), capaz de indicar o tipo de fonte geradora da rocha e a ocorrência ou não de contaminações por outros reservatórios. As idades-modelo são baseadas na premissa de que a razão Sm/Nd apresentou variações significativas no processo geológico caracterizado pela formação de crosta através da extração de magmas mantélicos, devido às características geoquímicas que tais elementos químicos apresentam.

As aplicações do método Sm-Nd incluem: diagramas isocrônicos que indicam rehomogeneização isotópica, idades de cristalização, idades de protólitos de rochas sedimentares, dependendo da intensidade da diagênese a da granulometria dos sedimentos e diagramas isocrônicos que indicam idades de processos hidrotermais (Geraldes, 2010).

  1. Método U-Pb

O sistema U-Th-Pb tem sido largamente utilizado desde a primeira metade do século passado a fim de fornecer idades radiométricas em rochas analisadas. O princípio deste método se baseia no decaimento radioativo do U e Th para os isótopos estáveis de Pb (206Pb, 207Pb e 208Pb).

Três séries independentes de decaimento sustentam a aplicação deste método. O u apresenta 3 isótopos naturais: 238U, 235U e 234U, sendo todos eles radioativos (Geraldes, 2010). O Th existe de forma primária como um único isótopo radioativo: o 232Th, porém outros 5 isótopos de Th ocorrem na natureza como resultado do decaimento de 238U, 235U e 232Th, com rápidas meias-vidas. Cada série de decaimento produz isótopos intermediários específicos, incluindo o Pb, ao final de cada um dos decaimentos. Se um mineral ou rocha se comporta como um sistema fechado, a taxa de produção do isótopo estável no final de cada série de decaimento é igual a taxa de decaimento do isótopo radioativo do início da série de decaimento (Geraldes, 2010). Desta forma trata-se o decaimento dos isótopos de U e Th radioativos como ocorrendo diretamente para os seus respectivos isótopos radiogênicos de Pb. Conseqüentemente, cada uma dessas séries de decaimento pode ser aplicada como um sistema de datação independente, de forma que a abundância do isótopo radiogênico e do isótopo radioativo podem ser utilizadas para o cálculo das idades, uma vez conhecidas as respectivas constantes de decaimento (Geraldes, 2010). O mineral mais utilizado para datações neste método é o zircão, devido ao fato deste ser largamente distribuído, em diversos tipos de rochas. Além disso, o zircão aceita facilmente a entrada de U no seu retículo cristalino em substituição ao Zr, e em contrapartida, não aceita a entrada de Pb comum, o que permite interpretar que praticamente todo o Pb presente no zircão é radiogênico, resultado de decaimento do U e do Th (Geraldes, 2010). No entanto, outros minerais como monazita, titanita, badeleíta e perovskita são utilizados.

Diversas técnicas analíticas são conhecidas para o método U-Pb: Geocronologia U-Pb Convencional, Microssonda Iônica/SHRIMP, ICP-MS-LA e o Método Kober. Dentre estas quatro técnicas, apenas as duas últimas serão utilizadas.

O método ICP-MS-LA analisa U-Pb por espectrometria de massa de plasma induzido e abrasão por laser, e sua principal vantagem é permitir a análise de cristais individuais de zircão, bem como pontos específicos dentro de um único cristal. Os resultados são altamente promissores, com qualidade comparável aos obtidos por microssonda iônica. O problema fundamental com esta técnica é o fracionamento entre isótopos de um mesmo elemento e entre o U e o Pb, que resultam em razões 207Pb/206Pb, 207Pb/235U e 206Pb/238U diferentes das verdadeiras. Alguns dos parâmetros que influenciam estas razões estão relacionados com a preparação da amostra e com as condições analíticas.

Para este projeto, o método utilizado será o LA-ICP-MS, que também será realizado nas instalações do Multi-lab, laboratório de excelente infraestrutura e ótima localização para a equipe de cientistas envolvida.

O MultiLab conta com equipamentos para análises químicas e isotópicas de última geração que incluem um espectrômetro de massa Neptune (LA-ICP-MS-MC da Thermo) com multicoletores onde as amostras são ionizadas por plasma induzido. O equipamento é acoplado a um laser que permite análises isotópicas em superfícies polidas com a ablasão de crateras de até 4 micras de diâmetro. Os coletores são compostos por 9 Faradays , 6 multiplicadores de elétron e 3 ion counting que permitem análises simultâneas com alta sensibilidade e precisão. Esta geometria permite a sua aplicação em análises para geocronologia U-Pb e Lu-Hf em zircão e outros minerais ricos em U e Th. O equipamento está em rotina tambem para análises isotópicas em solução com grande aplicação em estudos ambientais.

O Laboratório conta tambem com um MEV da FEI equipado com um detector de catodoluminescencia, que permite o imageamento de superfícies polidas como grãos de zircão e outros minerais e amostras sólidas. Uma lupa e um microscópio ótico (Leica) complementam os equipamentos para seleção de materiais a serem analisados pelo ICP-MS, alem de sua preparação como polimento e metalização.

  1. Equipe Envolvida

Coordenador do Projeto - Mauro Cesar Geraldes: Prof. Adjunto na Faculdade de Geologia da UERJ. Pesquisador 1D do CNPq. Projetos de pesquisa no SW do Cráton Amazônico, com ênfase na evolução crustal, metalogênese e geocronologia.

Rodrigo Peternel Machado Nunes. Coordenador de Geologia e Recursos Minerais do Departamento de Recursos Minerais do Estado do Rio de Janeiro, Pesquisador do Departamento de Geologia - UFRJ e Professor Adjunto da Faculdade de Geologia - UERJ. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Geologia. Atuando principalmente nos seguintes temas: Estrutural, Geotectônica, Metamorfismo, Microtectônica, Geocronologia.

Claudia Sayao Valladares. Professor Associado da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Geocronologia, atuando principalmente nos seguintes temas: evolução crustal, geotectônica, litogeoquimica e geoquímica isotópica.

José Renato Nogueira. Professor Adjunto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Geologia. Atuando principalmente nos seguintes temas: petrologia, granulito, geotectônica, geologia estrutural, inclusões fluidas e mapeamento geológico.

Miguel Angelo Mane. Professor Adjunto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Geofísica Aplicada, atuando principalmente nos seguintes temas: Geofísica Aérea e Terrestre, Magnetometria, Gravimetria, Eletrorresistividade, Radioatividade, Perfilagem de Poços, Sísmica, GPR e Processamento Digital de Imagens (PDI). Experiência em Processamento, Modelagem e Interpretação de Dados Geofísicos.

Luzia Antonioli. Professor adjunto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Bioestratigrafia, Palinologia e Paleoambientes.

Silvia Dias Pereira. Professor associado da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Tem experiência na área de Oceanografia, com ênfase em Sedimentologia Marinha, atuando principalmente nos seguintes temas: baía de sepetiba e geologia marinha.

Beatriz Paschoal Duarte. Professor Associado da Universidade do Estado do Rio de Janeiro com experiência na área de Geociências, com ênfase em Geologia. Atuando principalmente nos seguintes temas: Modelamento Petrogenético, Petrologia Metamórfica, Terreno de Alto Grau, Faixa Ribeira, Orogênese Brasiliana e Precambriano.

Nely Palermo. Professor associado da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, atuando principalmente nos seguintes temas: Metalogenia, Exploração e Prospecção Mineral, Recursos Minerais Industriais, ouro e metais base.

Ronaldo Mello Pereira. Professor Associado da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Atua na área de Geologia Econômica com ênfase em Metalogenia e Prospecção Mineral. Nos últimos anos vem desenvolvendo estudos sobre as mineralizações de estanho e de metais e elementos. Também desenvolve, desde 2008, pesquisas para estanho relacionadas a granitogênese do Estado de Rondônia.

Paulo de Tarso Luiz Menezes. Professor associado da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Geofísica Aplicada, atuando principalmente nos seguintes temas: exploração de petróleo, prospecção mineral, magnetometria, gravimetria, GPR e magnetotelúrico.

Armando Dias Tavares Júnior. Professor associado da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Atua na área de Física, com ênfase em Espectroscopia Óptica de Sólidos, em Física do Meio Ambiente associada a Plasmas e Descargas Elétricas, em Óptica e em Ensino de Física e trabalha na consolidação definitiva do LAR em colaboração com a Faculdade de Geologia/UERJ, pela instalação de um ICP/MS como para aquisição de outros equipamentos para laboratórios associados.

Thais Cristina Vargas Garrido. Professor Adjunto da Faculdade de Geologia da UERJ-Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Petrologia Ígnea, atuando principalmente nos seguintes temas: Petrografia de Rochas Ígneas, Geologia Geral, Rochas Ornamentais e Mineralogia.

Luiza Antonioli. Mestre em Análise de Bacias e Faixas Móveis pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1998) e doutorado em Geologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2001). Atualmente é professor adjunto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

André Luiz Ferrari. Professor Adjunto da Universidade Federal Fluminense. Estudos em petrologia, estrutural e geocronologia.

Alexis da Rosa Nummer. Professor Adjunto da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Investiga geologia estrutural de terrenos metamorficos.

Fernando Machado de Mello. Professor Adjunto da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Investiga granitogênese acoplado com cinemática de intrusões.

Camila Cardoso Nogueira (MSc.). Programa de Pós-Graduação em Análise de Bacias e Faixas Móveis da Faculdade de Geologia da UERJ. Participação em Projetos de pesquisa com ênfase em petrologia, litogeoquímica e geocronologia.

Anderson Costa dos Santos (MSc.). Programa de Pós-Graduação em Análise de Bacias e Faixas Móveis da Faculdade de Geologia da UERJ. Participação em Projetos de Pesquisa com ênfase em petrologia, litogeoquímica e geocronologia.

Ariadne Marra de Souza (MSc.). Programa de Pós-Graduação em Análise de Bacias e Faixas Móveis da Faculdade de Geologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Atualmente é professor da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e atua principalmente nos seguintes temas: meio ambiente, geologia isotópica, geoquímica, prospecção mineral e pedologia.

Dione Nunes do Nascimento (MSc). Programa de Pós-Graduação em Análise de Bacias e Faixas Móveis da Faculdade de Geologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Geologia sedimentar, Geologia Ambiental e ambientes costeiros.

Daniel Adelino da Silva. Bacharel em Geologia pela Faculdade de Geologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Atualmente é aluno de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Análise de Bacias e Faixas Móveis e atua em petrologia de rochas alcalinas.

Maurício dos Santos. Curso de Graduação em Geologia pela Faculdade de Geologia da UERJ.

Cleza Leatriz. Geologa formada em 2002 na Universidade Federal do Paraná.

Marco Helenio Coelho. Técnico do laboratotio de LA-ICP-MS.

Raimundo Teixeira. Técnico do laboratotio de LA-ICP-MS.

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