Produção Científica / Projetos

Caracterização Ambiental das Baías de Angra dos Reis e Paraty: Contaminação de Metais, Traçadores Isotópicos (Pb, Pu E U) e Padrões de Sedimentação

Prof. Dr Mauro César Geraldes
Departamento de Geologia Regional e Geotectônica Faculdade de Geologia-UERJ

1.     Resumo

A proposta aqui apresentada tem como alvo a realização de estudos geológicos-oceanográficos-ambientais integrados na área compreendida entre a Ilha Grande e Paraty, Estado do Rio de Janeiro. O projeto envolve uma equipe científica multidisciplinar composta por especialistas em sedimentação costeira, geoquímica ambiental, geologia isotópica e geofísica da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) e UFRRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro). Neste sentido, o principal objetivo desta proposta é a realização de estudos multidisciplinares, visando a compreensão, em diversas escalas temporais e espaciais, da contribuição de sedimentos continentais, da dinâmica sedimentar, da evolução sedimentar, e da contaminação da área em foco, na qual se inclui as Usinas Termo-nucleares Angra 1 e Angra 2.

O projeto visa, no plano científico, iniciar a elaboração de um panorama da evolução sedimentar recente integrando estudos que permitam a elaboração de um diagnóstico desta importante região do Estado do Rio de Janeiro palco de investimentos públicos e privados, que tende a se tornar um novo pólo industrial no país. Em adição, pretende-se identificar modificações (morfológicas, isotópicas, químicas, dentre outras) decorrentes da implantação das Usinas Angra 1 e Angra 2. Os levantamentos geofísicos (perfilagem sísmica e batimetria) tem por objetivo principal o conhecimento da evolução sedimentar holocênica na porção submersa da Baia da Ribeira, com a elaboração de mapas atualizados do relevo submarino, da cobertura sedimentar e estratigrafia buscando seu entendimento e correlação a intervenções humanas recentes na região. Sob o ponto de vista institucional, buscam-se condições básicas de instrumentação técnica para realização de estudos, condições especialmente carentes na UERJ. Tais metas permitirão não só a consolidação de um grupo de trabalho multidisciplinar, assim como melhorias na formação técnico-científica de alunos de graduação e de pós-graduação em Geologia, Física, Geografia e Oceanografia.

Finalmente, o projeto contribuirá para temas importantes associados a questões fundamentais de interesse do Estado do Rio de Janeiro, como a sustentabilidade da utilização da área para atividades portuárias, o background geoquímico e isotópico regional anterior à ocupação das novas industrias (e mitigação de áreas degradadas) bem como o zoneamento ambiental para a definição de diretrizes para a ocupação territorial, além de subsidiar informações a discussão sobre a segurança das usinas termo-nucleares instaladas e, conseqüentemente, a instalação de futuras usinas.

2.     Caracterização do Problema

A proposta aqui apresentada tem como alvo a realização de estudos oceanográficos e geológicos integrados no sudeste do Estado do Rio de Janeiro envolvendo uma equipe científica multidisciplinar composta por especialistas em Sedimentologia, Geofísica, Oceanografia Física e Geológica, Geologia Ambiental, Geologia Marinha e Geologia Isotópica dos cursos de Oceanografia e de Geologia da UERJ e UFRRJ. A área de estudo envolve desde a bacia Angra dos Reis, Ribeira e Paraty, incluídas genericamente como Baia de Ilha Grande (Figura 1).

A area de estudo está localizada numa das maiores baías do país, a baía da Ilha Grande, com 1125 km2. A costa litorânea da região Angra dos Reis-Paraty é bastante recortada, com extensão aproximada de 180 quilômetros, possui várias enseadas, penínsulas, pontas e ilhas, influenciando a circulação de correntes marítimas. A amplitude média das marés é de 2,0 metros. A Baía de Ilha Grande tem a leste a baía de Sepetiba e a oeste diversas pequenas baías que se estendem até o município de Paraty. É um corpo de água separado do mar aberto pela Ilha Grande, que divide a baía em dois corpos menores, a Porção Oeste e a Porção Leste, interligados pelo Canal Central da Baía de Ilha Grande (Mahiques 1987; Figura 1).

Nas regiões costeiras abrigadas, como na Baía da Ribeira, a circulação marinha deve-se, principalmente, à ação das marés e ventos, sendo as correntes de maré as mais significantes, visto que a circulação por ação do vento restringe-se à porção superficial da coluna d'água. Assim sendo, os dados obtidos nos estudos de maré tornam-se de fundamental importância para modelagens de circulação e de dispersão de poluentes, exigência legal em qualquer estudo ambiental para licenciamento de empreendimentos potencialmente poluidores ou impactantes ao meio ambiente.

Figura 1. Mapa de localização da área de estudo. 

Nos locais onde a serra e o mar se encontram, existe, junto a linha d’água, uma faixa de seixos com formas arredondadas devido a ação das ondas. Na parte sul do litoral paratiense, compreendida entre Trindade e o centro histórico, as montanhas da Serra do Mar terminam diretamente no oceano. Nesse trecho o fundo do mar é formado, em sua maior parte, por areia e, a vegetação é a floresta da Mata Atlântica.

Já na parte norte, compreendida entre o centro histórico e a divisa com Angra dos Reis, existe uma planície separando o mar das montanhas. Nesse trecho, as marés mais altas invadem a planície, originando uma vegetação típica de mangue. Por ser uma baía semi-fechada, abrigada do mar aberto por várias ilhas e penínsulas, apresenta-se como um local ideal para o cultivo marinho. Existem, apenas no município de Paraty, cinqüenta e cinco ilhas, dez lajes cujas pontas estão acima do nível d’água e dezessete lajes submersas e mais afastadas da costa. Guerra e Marques (2005) analisaram séries temporais coletadas em 1994 na região do Canal Central, e observaram a presença de um padrão bidirecional (leste-oeste) das correntes, tanto em superfície como próximo ao fundo. Ainda no Canal Central, fundeios de curta duração (20 a 25 horas) documentaram eventos em que correntes dirigidas para oeste-noroeste são associadas a valores mais elevados de Material Particulado em Suspensão (Guerra e Soares, 2009). Há diversos indícios de interação entre as baías da Ilha Grande e Sepetiba, entre eles a presença de frentes salinas na Porção Leste, que é a principal conexão da baía de Sepetiba com o oceano Atlântico (Miranda et al. 1977).

A área de estudo está localizada no mais importante entorno geoeconômico do Brasil, que abrange as cidades do Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Vitória, sendo considerada uma área potencialmente catalisadora de desenvolvimento despontando como um dos pólos industriais do Estado do Rio de Janeiro, bem como se apresenta como grande pólo turístico. O desenvolvimento observado também tem seu preço na forma de agressões pelos resíduos gerados, tais como: esgotos (domésticos e industriais), gases de combustão, derrames de óleo, obras de engenharia (dragagens, aterros, molhes, portos, terraplanagens, etc.), desmatamentos, entre outras. Na pequena Baía da Ribeira, no interior da Baía da Ilha Grande, a pesca esportiva e artesanal é intensamente praticada, contrapondo-se a um cenário de poluição crescente, principalmente por esgoto doméstico e resíduo de atividades náuticas (marinas de tamanhos variados, estaleiros de construção e reparo naval de pequeno porte), além de assoreamento acelerado devido ä ocupação urbana desordenada, retificação de rios e desmatamento.

Os processos sedimentares em ritmo acelerado (erosão/assoreamento) têm sido alvo de inúmeros estudos, utilizando-se de métodos variados, tais como: comparação de aerofotos (Angulo & Andrade, 1982), mapeamento aéreo com câmera de víde, comparações batimétricas (Villena, 1997), datações por radioisótopos, etc.

A evolução da legislação ambiental tem levado a necessidade do conhecimento dos mais diversos impactos gerados por atividades antrópicas, e no que refere ao presente projeto aos impactos resultantes de empreendimentos na zona costeira sobre os ecossistemas locais, sobretudo no que concerne ao aumento de metais e elementos radioativos provenientes das usinas nucleares. A presença destes elementos configura um risco a curo prazo, uma vez que alguns dos elementos resultantes da fissão nuclear possuem meia-vida curta e emissão de radiação ionizante que provoca sérios danos a saúde humana e animal. Um exemplo no Brasil foi o manuseio de uma cápsula de Cs em um ferro-velho de Goiânia, com a morte de varias pessoas que tiveram contato com o material radioativo.

Nesta localidade estão instaladas as duas usinas nucleares brasileiras (Angra 1 e Angra 2). Em termos gerais, os riscos de contaminação ao meio ambiente das atividades que envolvem radionuclídeos podem ser resumidos em 4 situações. A primeira atividade é representada pelas minerações de urânio, onde drenagens ácidas e contaminações de lençóis freáticos podem ocorrer. A segunda atividade compreende os procedimentos de enriquecimento do urânio para a fabricação do combustível nuclear, quando centrifugas são utilizadas para fazer o yellow cake. A terceira atividade de risco está centrada nas usinas nucleares, onde o consumo dos combustíveis nucleares resulta em calor aproveitado para a geração de energia elétrica. Por ultimo, mas não menos perigoso, está as áreas de disponibilização de rejeitos nucleares, entre eles os combustíveis utilizados, alem de materiais e equipamentos contaminados utilizados durante os procedimentos de queima do combustível nuclear.

Influência antrópica na zona costeira foco deste estudo já foi identificada por Pereira e Poço (2009) que caracterizaram um expressivo aumento no fluxo de carbono para os sedimentos, ao longo dos últimos 30 anos, provavelmente resultado do desmatamento da cobertura vegetal. Este período é coincidente com o início das operações da usina Angra 1 datada entre 1982 e 1985 (Eletronuclear, 2011), que influiu na rápida urbanização da região.

Mais uma vez, o crescimento da ocupação do solo de forma desordenada com o conseqüente aumento da concentração populacional em torno das sedes municipais, não foi acompanhado dos devidos investimentos no setor de saneamento básico. Atualmente, estima-se uma população da ordem de duzentos e cinquenta mil habitantes, cujos esgotos domiciliares produzidos degradam diretamente a qualidade sanitária das águas. Os sistemas residenciais individuais de fossas sépticas e sumidouros, quando lançados sem tratamento em valões, córregos ou rios acabam afetando a qualidade das águas, não somente destas drenagens.

1.     Relevância do Tema e Justificativa

O conhecimento do ecossistema da região da Baía de Angra dos Reis e Paraty, baseado em um conhecimento detalhado da circulação marinha, do transporte e deposição de sedimentos, é de suma importância para o planejamento de um desenvolvimento sustentável dos recursos da região, bem como de ações mitigadoras dos impactos ambientais ora observados. Também permitindo identificar a dispersão e abrangência de possíveis contaminantes provenientes da urbanização, portos, estaleiros e das usinas Angra 1 e Angra 2 e os processos de erosão e reconcentração de sedimentos na área.

Desta forma, o projeto apresenta alta relevância para a caracterização da exposição humana aos metais pesados que aumentou após o processo de industrialização e de atividades de mineração e, possíveis elementos radioativos, tipicamente produzidos pelo reator nuclear de usinas termo-nucleares. A metodologia terá como foco os sedimentos e o material particulado, sua composição, sua concentração de metais, suas assinaturas isotópicas de chumbo e de actinídeos, ao qual se incluem isótopos produzidos pela atividade do reator.

Os metais pesados podem ser altamente tóxicos e o aumento de sua concentração na atmosfera e hidrosfera pode caracterizar uma poluição local com alto risco para a saúde humana e animal. Em áreas industriais e em áreas portuárias, como é o caso na Baia de Angra dos Reis e a área até a Ilha Grande, inúmeras são as fontes antropogênicas que podem liberar poluentes para o ambiente, sendo grande a dificuldade de se distinguir essas fontes bem como quantificar suas contribuições parciais. Por outro lado a identificação de isótopos radiogênicos/radioativos dos reatores indicam a exposição do ecossistema a radiação.

Modificações temporais e geográficas nas composições isotópicas de Pb podem fornecer evidências para a presença de Pb antropogênico comparado com dados de concentração deste elemento. Esta vantagem dos estudos isotópicos de Pb em relação aos estudos quantitativos decorre da possibilidade da distinção das assinaturas do Pb antropogênico e do Pb natural em uma dada região. Esta distinção, por sua vez, decorre da manutenção da assinatura original do depósito mineral fornecedor do Pb que se tornou um agente poluente através da ação antrópica.

O elemento combustível utilizado em usinas nucleares é enriquecido no isótopo 235U em relação ao isótopo 238U, pois o 235U é mais leve, físsil e, capaz de sustentar uma reação em cadeia nos reatores nucleares (INB), de forma que as razões isotópicas apresentam maior razão 235U/238U, apresentando um comportamento contrário às razões naturais no entorno das usinas de enriquecimento.

Além deste enriquecimento, isótopos como 135Cs, 137Cs, 239Pu, 126Sn, 90Sr, são produzidos apenas por reações nucleares dentro de reatores e, os elementos 241Am, 129I, 237Np, 79Se e 99Tc, também são produzidos nas reações dos reatores nucleares, diferentemente de suas abundâncias muito reduzidas nos ambientes naturais. Segundo Faure (1988) a série de decaimento do urânio-235 também ocorre como produto da reação nuclear nos reatores, com a geração de isótopos como 144Xe → 144Cs → 144Ba → 144La → 144Ce → 144Pr → 144Nd.

Com base nestes conceitos pode-se supor que a presença de quaisquer destes elementos, sobretudo os originários exclusivamente da fissão nuclear em reatores da usina, indica influência destas usinas no ambiente marinho vizinho. As usinas são providas de reforçado sistema de segurança uma vez que os reservatórios de água naturais (no caso brasileiro a água do mar) são utilizados como mecanismo de resfriamento da usina. No entanto são corriqueiras as noticias na mídia sobre caso de contaminação por radiação ionizante de funcionários da Usina de Angra dos Reis, o que atesta a existência de radionuclideos em contato com o meio ambiente, o que tem sido demonstrado através de estudos de atividade de Cs nos sedimentos da Baia do Ribeira.

O controle da dispersão e da permanência destes elementos radioativos em ambiente marinho representa um desafio bastante significativo, apesar de que as concentrações baixas reduzem o risco e tornam mais difíceis de serem mensurados por terem valores abaixo dos teores de detecção. Por outro lado a presente proposta configura a produção de um banco de dados e de amostras que contribuem na definição de um background regional.

A existência de uma usina nuclear na região por si só representa uma potencial influência ao ecossistema marinho, como indicam trabalhos sobre a variação térmica da água do mar no entorno da Usina de Angra. Desta forma o atual estudo pretende contribuir na compreensão da influência da usina nos ambientes que a circundam e o papel da dinâmica marinha na dispersão de possíveis poluentes provenientes das atividades antrópicas. E uma vez que sejam caracterizados possíveis impactos ambientais provenientes das operações da usina, as informações obtidas no estudo proposto servirão com subsídio e fonte de consulta para necessárias remediações e fazer projeções de conseqüências em médio e longo prazo.

4. Objetivos

O objetivo geral desta proposta é a caracterização da dinâmica sedimentar e das contribuições antrópicas entre a baia de Paraty/Angra dos Reis e Ilha Grande baseada na aplicação de geoquímica ambiental e geologia isotópica na identificação de poluentes. Levantamentos geofisicos (sísmica rasa) serão conjuntamente realizados, com o objetivo de: melhor caracterizar os depositos sedimentares pleistocênico-holocênicos (distribuição espacial, espessura, etc); investigar a conexão entre a evolução sedimentar do ambiente da baia de Angra dos Reis e sua relação com os ambientes e a evolução dos sistemas sedimentares de plataforma continental ao largo do Estado do Rio de Janeiro

A proposta envolve a identificação do impacto ambiental da contaminação entre a baia de Paraty/Angra dos Reis e Ilha Grande e respectivas drenagens continentais e a plataforma adjacente através do estudo dos sedimentos, de isótopos de Pb, isótopos da família dos Actinídeos e concentração de metais nestes sedimentos e no material em suspensão para identificação de suas fontes antropogênicas e naturais no litoral sudeste do Estado do Rio de Janeiro. A definição de fontes dos metais leva em conta coletas de amostras incluindo efluentes de industriais e de esgotos de núcleos habitacionais.

Em adição, o plano de trabalho proposto também inclui a identificação de contaminações de metais e radionuclideos a partir das usinas nucleares Angra 1 e Angra 2, nos ambiente vizinhos utilizados no seu resfriamento. A identificação de possíveis contaminações permitirá a definição da abrangência desta contaminação e quais os elementos resultante da fissão nuclear estão presentes no meio ambiente na região da baia de Angra dos Reis.

Entre os objetivos do Projeto ressalta-se a divulgação dos mapas elaborados, conforme determinado pela legislação, dos dados para a Diretoria de Hidrografia e Navegação da Marinha do Brasil, órgão responsável pela segurança de navegação no país. Essa contribuição é de suma importância, visto que os levantamentos batimétricos, feitos na região datam dos anos oitenta. Essa iniciativa contribuirá para a atualização das cartas náuticas locais, sendo fundamental para a segurança da navegação numa área de intenso tráfego de embarcações comerciais, de esporte e recreio.

Os órgãos municipais e estaduais encarregados de licenciamentos ambientais e de elaborar políticas públicas para a região passarão a ter em suas mãos mapas atualizados do relevo submarino, da cobertura sedimentar e estratigrafia para subsidiarem os seus pareceres e planos.

Objetivos específicos:

  • Amostragem de sedimentos do fundo (e de drenagens continentais), e de material particulado em suspensão entre a baia de Paraty/Angra dos Reis e Ilha Grande visando a estudos sedimentológicos, quantificação de metais e assinaturas isotópicas de Pb.
  • Coleta de testemunhos de sondagens na área para análises sedimentológica, idades 14C em conchas, geoquímica e isótopos de Pb dos sedimentos e modelagem geomorfológica do fundo oceânico na Baia do Ribeira através de batimetria.
  • Execução de campanhas de sísmica rasa na baia de Sepetiba e na plataforma continetal rasa adjacente (até cerca de 50m de profundidade) com sistema sísmico, para identificar a natureza sedimentar e mapear a distribuição espacial dos corpos sedimentares;
  • Execução de campanhas oceanográficas para determinação da variação espacial e temporal das concentrações de MPS e das propriedades da água (salinidade, turbidez, temperatura e profundidade).
  • Estudos das unidades geológicas na área continental entre a Ilha Grande e a baia de Angra dos Reis e Paraty para caracterização geoquímica e isotópica destas áreas fontes de sedimentos.
  • Integração dos mapas geológicos da região costeira com os mapas de métodos geofísicos da parte proximal da Bacia de Santos.

5. Metodologia e Estratégia de Ação

Os objetivos propostos serão obtidos a partir das seguintes metodologias:

COLETA DAS AMOSTRAS: As coletas serão realizadas ao longo de toda região da Baia de Angra dos Reis e seus rios afluentes, num total aproximado de 200 amostragens com uma densidade coerente com a distancia entre pontos de 1,5 a 2,0 km. Para coleta dos sedimentos de fundo será utilizado um amostrador Van Veen. Amostras de profundidade até 3 metros serão obtidas através de amostrador Piston Core para estudos de variações composicionais e isotópicas de sedimentos recentes.

Coleta de testemunhos. Estão programadas 10 perfurações de 1-3 metros na área visando a amostragem de testemunhos de sedimentos. A testemunhagem será realizada por empresa especializada em coordenadas a serem fornecidas pela equipe do projeto com base nos perfis sísmicos, sendo os testemunhos fechados e identificados para envio ao Laboratório de Oceanografia Geológica (LABOGEO) da Faculdade de Oceanografia da UERJ, onde será feita a abertura do testemunho e coletadas amostras a cada 20cm para análises granulométricas.

PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS: O procedimento inicial será a pesagem das amostras em balança analítica e secas em estufa com temperatura média de 40ºC, para não favorecer o endurecimento da amostra nem a alteração de alguns minerais de argila, possibilitando a obtenção do peso inicial seco. Em seguida serão acondicionadas em bechers de um litro para tratamento com peróxido de hidrogênio (H2O2) a 10%, sob uma placa aquecedora à 80ºC para a degradação da matéria orgânica e, após lavagem, levadas a estufa para secagem, e posteriormente pesadas para obtenção do percentual de matéria orgânica. Parte das amostras serão transportadas para o Laboratório Geológico de Processamento de Amostras (LGPA) para realizar-se a separação granulométrica das amostras, onde parte destes sedimentos será preparada para as análises das concentrações de metais no ICP-OES que seguirão posteriormente para o espectrômetro de massa (ICP-MS). Nesta preparação o material coletado será secado em caixa de luz, seguido da desagregação do material em um graal e através de peneiras será realizada a separação da menor fração granulométrica do sedimento (< 12mm). A determinação das propriedades físicas de tamanho das partículas é parâmetro fundamental no estudo da geologia marinha para a classificação dos depósitos de sedimentos. A composição granulométrica dos sedimentos depende, em grande parte, do material fornecido pelo continente, especialmente através de rios. A distribuição granulométrica dessas partículas está intimamente ligada a interação de vários fatores, principalmente condições hidrodinâmicas, relevo de fundo e fatores físico-químicos.

LIXIVIAÇÃO PARA EXTRAÇÃO DE METAIS: Esta preparação tem o objetivo de retirar os metais antropogênico adsorvido pelo sedimento, através de processos de lixiviação, para a determinação da concentração de metais e da composição isotópica do chumbo. Com 1g da amostra armazenado em recipiente de vidro, onde serão colocados 4ml H2O2 (água oxigenada) para eliminação da matéria orgânica. Este sedimento será transferido para tubos falcon, onde ocorrerá a lixiviação com 10ml de HNO3 (ácido nítrico) na concentração de 10%. O ácido reagirá por aproximadamente duas horas, sendo levado posteriormente a uma centrífuga por 20 minutos para separação do resíduo e do lixiviado que será armazenado.

ANÁLISE DA MARÉ. Os estudos maregráficos serão baseados em dados coletados por marégrafo costeiro de pressão a ser aquisitado no projeto. Esses estudos serão levados a efeito em duas etapas, sendo a primeira voltada dar suporte ao levantamento geofísico, fornecendo os subsídios para a redução do efeito de maré dos dados batimétricos e sísmicos, enquanto a segunda etapa, de longa duração, visa estabelecer os padrões de maré na Baía da Ribeira.

Na primeira etapa o marégrafo será instalado na estação de maré de referência para a Baía da Ribeira, localizada no Pier Principal do Colégio Naval de Angra dos Reis, sendo nivelado em relação à Referência de Nível (RN) localizada na cabeceira do Pier. O marégrafo deverá permanecer no local registrando a variação da maré durante todo o levantamento geofísico. Os dados registrados serão processados para a redução do efeito da maré nos dados geofísicos.

A segunda etapa do estudo de maré terá a duração de 12 meses, devendo o marégrafo instalado na enseada do Ariró para a coleta contínua de dados por todo o período. Mensalmente deverá ser feita a coleta dos dados armazenados e manutenção de rotina do equipamento. O marégrafo deverá ser instalado e nivelado em relação a uma Referência de Nível (RN) reconhecida pela Diretoria de Hidrografia e Navegação. Os dados obtidos pelo estudo de maré de longo período, após o encerramento do projeto, serão depositados no Banco Nacional de Dados Oceanográficos (BNDO) da Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN) da Marinha do Brasil.

ANÁLISE DAS PROPRIEDADES DA ÁGUA: Para análise das propriedades da água como temperatura, salinidade, turbidez e teor de oxigênio dissolvido, serão realizadas medições de perfis verticais em estações distribuídas entre a baía de Ilha Grande e a plataforma adjacente e serão obtidos perfis com CTD. Estas medições serão realizadas sob condições de maré vazante e maré enchente, durante períodos de maré de quadratura e de sizígia e em diferentes estações do ano. Em cada estação amostral serão coletadas amostras de água na base da coluna, para determinação da concentração de material particulado em suspensão, que posteriormente será analisado quanto ao seu teor de metais e isótopos de Pb e Actinídeos.

ANÁLISE POR ESPECTROMETRIA ÓTICA E DE MASSA: Os lixiviados analisados no ICP-MS devem ter concentrações numa faixa de 20 a 40 ppb. Por esse motivo serão determinadas primeiro as concentrações de cada lixiviado no ICP-OES. Para análises por espectrometria de massa por ionização por plasma, as amostras serão dissolvidas em acido nítrico. Estando a concentração de chumbo e outros metais no lixiviado acima do padrão, este será diluído para se obter a concentração ideal. Os procedimentos a serem empregados (Monna et al., 1999), leva em conta a lixiviação e definição das abundâncias isotópicas de chumbo. Análise por ICP-MS (multicoletor) dos isótopos (241Am, 135Cs, 137Cs, 129I, 237Np, 239Pu, 79Se, 126Sn, 90Sr e 99Tc) e respectivas razões a partir da lixiviação de sedimentos marinho. A determinação da razão 235U/238U a partir do ICP-MS também se faz necessário devido ao enriquecimento do 235U (Pereira et al. 2009).

DATAÇÕES DE SEDIMENTAÇÃO POR 14C: As amostras a serem coletadas serão datadas Poe 14C, de forma se obter as taxas de deposição. Os sedimentos (e as conchas) serão analisados para elementos metálicos e isótopos de Pb para definição do background anterior à instalação de indústrias e das usinas na região.

LEVANTAMENTOS GEOFÍSICOS. O levantamento geofísico constará de batimetria, perfilagem sísmica de alta resolução e varredura lateral, realizadas concomitantemente em embarcação de pequeno porte, tipo traineira, com calado máximo de 0,5 m para facilitar o acesso a áreas com profundidade inferior a 1 metro de profundidade. O posicionamento será feito com posicionador satélite DGPS com precisão submétrica e correção via satélite (banda L). Os dados do posicionador serão inseridos num laptop com software de navegação e coleta de dados HYPACK 2011, no qual estarão as linhas de sondagem pré-programadas. As coordenadas, a hora e a profundidade serão gravadas para posterior processamento e redução da maré.

Os dados batimétricos serão coletados com ecobatímetro Syquest Bathy 500MF, funcionando com freqüência de 208 kHz. O transdutor será montado na borda da embarcação e mergulhado 50 cm abaixo da linha d'água, sendo amarrado na proa e na popa da embarcação. Diariamente, antes do começo da sondagem e após o término da sondagem, será feita a calibragem da velocidade do som através do abaixamento de placa de aferição fixada a um cabo de aço graduado.

A perfilagem sísmica e a varredura lateral serão realizadas com um SES2000 light plus a ser adquirido pelo projeto. A sísmica é paramétrica de alta resolução, com ajuste de freqüência, potência de pulso e amplificação do sinal, enquanto a varredura lateral será feita com sistema de 100kHz. O suporte dos transdutores será, como na batimetria, fixado na lateral da embarcação, constando de um transdutor central para a sísmica e dois transdutores alongados laterais, apontado para boreste e bombordo da embarcação para o imageamento do fundo. Os dados serão armazenados em software que acompanha o equipamento, com as informações do posicionamento e hora enviadas pelo software de navegação.

Durante todo o levantamento batimétrico será registrado no marégrafo instalado na estação maregráfica da Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN) para a região, localizada no Colégio Naval. O registro deverá ser feito de forma contínua para que se possa, a partir da curva da maré, preparar a tabela de redução de maré para aplicar nos dados batimétricos e sísmicos de acordo com a hora do registro. O marégrafo deverá ser montado de acordo com as especificações do fabricante e nivelado em relação à Referência de Nível (RN) descrita na ficha da estação de maré, a fim de que toda o levantamento seja referenciado ao Nível de Redução (NR) determinado para a região.

LEVANTAMENTOS GEOLÓGICOS. Para os estudos geológicos serão utilizadas cartografia na escala de 1:100.000 a partir de mapas pré-existentes ou novos levantamentos serão realizados nesta escala. As unidades geológicas principais que ocorrem na área de estudo serão caracterizadas para litogeoquímica e isótopos (Nd e PB), de forma a fornecer informações sobre as composições dos sedimentos transportados a partir da área continental da região Ilha Grande-Baia de Paraty.

GEORREFERENCIAMENTO DOS DADOS: Os mapas produzidos durante este projeto serão elaborados em ambiente GIS, com georreferenciamento dos pontos amostrados, o permitirá a construção de perfis e tabelas a partir do banco de dados mantidos digitalmente. Este procedimento utilizará também imagens de satélite que serão referenciadas e analisadas conforme variação temporal e correlacionada aos resultados geoquímicos e isotópicos obtidos.

TRATAMENTO DE DADOS: Os resultados analíticos serão lançados em mapas georreferenciados para delimitação de áreas de assinaturas geoquímicas e isotópicas. Os dados geofísicos seráo tratados para a produção de perfis 2D e 3D. Igualmente os dados de corrente e de particulados serão tratados e interpretados para a elaboração de modelos de movimentação de massas de águas oceânicas. Geração do mapa georeferênciado das áreas de risco desenvolvidos a partir de mapas topográficos na escala do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e batimétricos do acervo do Arquivo Técnico do Centro de Hidrografia da Marinha (CHM) e a correlação dos pontos amostrados com as concentrações encontradas, o que permitirá definir áreas de abrangência e dispersão dos elementos de interesse. A projeção cartográfica utilizada será a Universal Transversa de Mercator (UTM). A escolha desta projeção deu-se pela praticidade da utilização de um sistema métrico de projeção e pela pouca distorção que gera em pequenas áreas. O Datum escolhido para a referência cartográfica será o de Córrego Alegre, o mesmo utilizado na Carta Náutica 1633 do Centro de Hidrografia da Marinha (CHM), que abrange a região de estudo.

Os dados batiméricos serão exportados com arquivos texto (XYZ) e trabalhados para a redução de maré no EXEL 2007, sendo salvo as coordenadas, hora e a profundidade reduzida. Os dados sísmicos serão processados no software DELPHI SEISMIC PROCESSING, a ser aquisitado no projeto, procedendo-se a filtragem dos dados, correção da maré e, posteriormente, feita a interpretação e demarcação dos refletores sísmicos e posterior exportação dos refletores como arquivo texto (XYZ).

Os dados de varredura lateral serão processados no software DELPHI SIDE SCAN PROCESSING, pocedendo-se a montagem do mosaico de imagens e delimitação das feições reconhecidas no registro. A imagem final será exportada como imagem GEOTIFF. Os arquivos gerados da batimetria, da sísmica e da varredura lateral serão importados para o programa Oasis Montaj 7.3, sendo gerados os mapas de posicionamento, batimetria, gradiente, varredura lateral e espessuras sedimentares das camadas determinadas na sísmica, além de perfis batimétricos e dos refletores sísmicos em locais selecionados e visualizações tridimensionais.

6. Resultados esperados e indicadores de avaliação

Os seguintes benefícios são esperados em decorrência das atividades do projeto:

  1. Caracterização das concentrações de metais e das assinaturas isotópicas de Pb e Actinídeos em sedimentos de corrente em drenagens das baias de Paraty e Ilha Grande.
  2. Caracterização geomorfológica de detalhe da Baia de Ribeira.
  3. Caracaterização dos sedimentos recentes por perfilagem sísmica da Baia de Ribeira.
  4. Desenvolvimento de metodologias de análise ambiental de ponta no Brasil, já em rotina em outros países, através da utilização de análise de metais e isótopos traçadores de fontes de contaminação.
  5. Formação de recursos humanos especializados, através da participação de alunos de graduação e pós-graduação.
  6. Produção de conhecimento: apresentação dos resultados em eventos e publicação em periódicos estrangeiros e nacionais indexados.
  7. Implicações quanto à definição de planejamento urbano e ordenamento territorial em novas áreas industriais e matriz energética.
  8. Expansão da base de dados oceanográficos da área de estudo; com a melhor compreensão do ecossistema marinho costeiro da região.
  9. Consolidação de um grupo de pesquisa na UERJ/UFRRJ integrando várias áreas do conhecimento científico em Oceanografia e Geologia.

INDICADORES FÍSICOS DE EXECUÇÃO

  • Trabalhos de campo com coleta de amostras.
  • Compra e instalação de equipamentos
  • Preparação de amostras para analises em laboratórios.
  • Resultados analíticos e elaboração de mapas de contaminação;
  • Mapeamento de áreas com assinaturas isotópicas de Pb e actinídeos.
  • Caracterização das possíveis fontes de poluentes.

7. Equipe de trabalho e respectiva formação

  1. A) Pesquisadores da Faculdade de Geologia UERJ:

1) Mauro Cesar Geraldes (Professor Adjunto da UERJ) Pesquisador 1D do CNPq. Realizou Doutorado (2000) utilizando os métodos U-Pb e Sm-Nd em evolução crustal no Centro de Pesquisas Geocronológicas (USP). Desenvolveu projetos na área de geoquímica ambiental em zonas costeiras do Rio de Janeiro (Baia da Guanabara e Baia de Sepetiba). Bolsista do Programa PROCIÊNCIA (FAPERJ-UERJ) e do Programa Cientista do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ).

2) Lelia Maria de Araujo Kalil Thiago. (Professora Adjunta da UERJ). Doutora pela UFRJ (2004). Desenvolve projetos com análises bioestratigráficas das bacias sedimentares brasileiras através da aplicação de malacologia.

3) Thais Cristina Vargas Garrido. (Professora Adjunta da UERJ). Graduada em Geologia pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (1977), Especialização em Gemologia na Universidade Federal de Ouro Preto (1986), Mestrado em Geologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1992) e Doutorado em Geologia pela Universidade Federal Fluminense (Petrologia e Geoquímica de rochas mantélicas, 2006). Tem experiência na área de Geociências,

4) Jose Renato Nogueira. (Professor Adjunto da UERJ). Possui graduação em Geologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1990), mestrado em Geologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1994) e doutorado em Geociências pela Universidade Estadual de Campinas (1999). Tem experiência na área de Geociências.

5) Woldemar Iwanuch. (Professor Visitante da UERJ). Possui mestrado em Geociências (Mineralogia e Petrologia) pela Universidade de São Paulo (1982) e doutorado em Geologia Geral e de Aplicação pela Universidade de São Paulo (1991). Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Geologia Regional, Geocronologia e Geologia Econômica.

6) Ronaldo Mello Pereira. (Professor Adjunto da UERJ). Pesquisador 2 CNPq. Graduado em Geologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1974), mestre (1981) e doutor em Geologia pela UFRJ (2001). Autor dos livros: Fundamentos de Prospecção Mineral (2003, Editora Interciência) e Minerais em Grãos: técnicas de coleta, preparação e identificação (2005, Editora Oficina de Textos). Bolsista do Programa PROCIÊNCIA (FAPERJ-UERJ).

7) Luiza Antonieli. (Professora Adjunta da UERJ). Mestre em Análise de Bacias e Faixas Móveis pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1998) e doutorado em Geologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2001). Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Bioestratigrafia, Palinologia e Paleoambientes.

8) Paulo de Tarso Menezes. (Professor Adjunto da UERJ). possui graduação em Geologia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1986), mestrado em Geofísica pela Universidade Federal do Pará (1990) e doutorado em Geofísica pelo Observatório Nacional (1996). Atualmente é geofisico - Petróleo Brasileiro S/A, e professor colaborador do MCT-ON. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Geofísica Aplicada.

9) Sergio Bergamaschi. (Professor Adjunto da UERJ). Possui graduação em Geologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1988), mestrado em Geologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1992) e doutorado em Geociências (Geologia Sedimentar) pela Universidade de São Paulo (1999). Tem experiência na área de Geologia Sedimentar, com ênfase em Estratigrafia e Sedimentologia.

10) Marco Andre Malmann Medeiros. (Professor Adjunto da UERJ). Realizou estágio de pós-doutorado na Universitat de Barcelona (2007), possui doutorado em Análise de Bacias e Faixas Móveis pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2005), mestrado em Geologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1996).

11) Rodolfo Dino. (Professor Adjunto da UERJ). Possui graduação em Geologia pela Universidade de São Paulo (1977), mestrado em Geociências (Geoquímica e Geotectônica) pela Universidade de São Paulo (1984), doutorado em Geociências (Geologia Sedimentar) pela Universidade de São Paulo (1992), e MBA pela Getúlio Vargas em Gerenciamento de Projetos (2005). Atualmente é geologo senior do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguêz de Mello. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Sequestro Geológico de CO2, em atividades de EOR e armazenamento de CO2 em aquíferos salinos profundos.

  1. B) Pesquisadores da Faculdade de Oceanografia da UERJ

12) Silvia Dias Pereira (Professora Adjunta da UERJ). Possui graduação em Geologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1979) , especialização em Projetos de Análise de Bacias pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1993), mestrado em Geociências pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1982) e doutorado em Geociências pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1998). Tem experiência na área de Oceanografia , com ênfase em Oceanografia Geológica. Atuando principalmente nos seguintes temas: manguezal, sedimentos, variação do nível do mar, isótopos estáveis de C.

13) Renata Cárdia Rebouças. (Professora Adjunta da UERJ). Possui graduação em Geografia pela Universidade Estadual de Santa Cruz (2004), mestrado (2006) e doutorado (2010) em Geologia Marinha Costeira e Sedimentar pela Universidade Federal da Bahia. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Sedimentologia, Geologia e Geofísica Marinha, atuando principalmente nas seguintes linhas de pesquisa: Textura, Composição e Origem dos Sedimentos, Evolução Holocênica na Plataforma Continental e Substratos e Recursos Naturais da Plataforma Continental.

14) Hélio Heringer Villena. (Professor Adjunto da UERJ). Graduado em Oceanografia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1983), mestre em Geologia e Geofísica Marinha pela Universidade Federal Fluminense (1999) e Doutor em Ciências pela Faculdade de Geologia da UERJ (2007). Tem experiência na área de Oceanografia, com ênfase em Oceanografia Geológica, atuando principalmente nos seguintes temas: sedimentos, batimetria, geologia.

15) Victor de Amorim D’Avila. (Professor Adjunto da UERJ). Possui graduação em Física pela Universidade de São Paulo (1972), mestrado em Astronomia pela Universidade de São Paulo (1975) e doutorado em Física pelo Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (1995). Atualmente é pesquisador do Observatório Nacional. Tem experiência nas áreas de Física, Astrometria, Astrofísica e Oceanografia Física, atuando principalmente nos seguintes temas: observações com astrolábio, ondas de choque, Interação atmosfera e oceanos, medidas de perfil de regiões costeiras, modelo para o fenômeno El Niño,

16) Marcelo Sperle Dias. (Professor Adjunto da UERJ). Formado em Oceanografia (UERJ, 1988), mestre em geofísica (ON-CNPQ, 1991) e doutor em geofísica (ON-CNPQ/LDEO-COLUMBIA UNIVERSITY, 1997). É coordenador do Grupo de Pesquisa em Oceanografia Geológica (GPOG, CNPq) e Pesquisador da FAPERJ. Tem experiência em levantamentos sísmicos rasops na zona costeira do sudeste, tendo coordenado projetos sedimentação costeira e impacto de atividades antropogenicas.

  1. C) Pesquisador do Instituto de Geociências da UERJ

17) Luiz Saavedra Baptista Filho. (Professor Adjunto da UERJ). Graduado em Oceanografia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1983), Mestre em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1994) e Doutor em Geologia e Geofísica Marinha. Tem experiência na área de Oceanografia, com ênfase em variáveis sísico-quimicas da agua do mar e sedimentos, atuando principalmente nos seguintes temas: Geoprocessamento, Plataforma Continental Interna, Oceanografia Geológica, Oceanografia Física, Cabo Frio, Baía de Guanabara e Antropoceno.

  1. D) Pesquisadores Docentes do Departamento de Geociências da UFRRJ:

18) Ambrosina Helena Ferreira Gontijo Pascutti. (Professora Adjunta da UFRRJ). Possui graduação em Geografia pela UFMG-Universidade Federal de Minas Gerais, Mestrado em Geografia Física pela USP-Universidade de São Paulo e Doutorado em Geologia Regional pela UNESP/Rio Claro-Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. As pesquisas são voltadas para a Evolução Geológica-Geomorfológica do Mesozóico-Cenozóico, incluindo relevos e drenagens tectônicas e reativações Neotectônicas, sobretudo na região do Planalto Atlântico (SP-RJ) e da borda oeste do Grabén da Guanabara.

19) Andrea Carmo Sampaio. (Professora Adjunta da UFRRJ). É bacharel em Geografia pela UERJ (2004), com mestrado e doutorado (UFRJ 2002 e 2009), e também bacharel em Comunicação Social (Jornalismo) pela Universidade Federal Fluminense (1985), Atualmente lidera o Núcleo de Ensino e Pesquisa em Geomorfologia e Gestão Ambiental (Nepegga), Também trabalha associadamente ao Nequat/Geoeste (Núcleo de Estudos do Quaternário e Tecnógeno / Grupo de Estudos Ambientais da Zona Oeste do Rio de Janeiro, do IGEO/UFRJ), onde realiza pesquisas em mapeamento geomorfológico. Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em meio ambiente, atuando principalmente nos seguintes temas: geografia e meio ambiente, geomorfologia, geomorfologia costeira, geomorfologia fluvial, analise ambiental, uso do solo; educação ambiental e educação para a cidadania. Na área de Comunicação Social, tem larga experiência em pesquisa, roteirização e produção de documentários na área ambiental.

20) Soraya Gardel Carelli. (Professora Adjunta da UFRRJ). Possui graduação em Geologia pela UFRRJ (1982), Especialização em Ciência do Solo (UFRRJ 1988), Mestrado em Geociências (Geoquímica) pela UFF (1994) e Doutorado em Geologia pela UFRJ (2008). Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Estratigrafia, atuando principalmente nos seguintes temas: análise ambiental, solos, sistemas deposicionais, estratigrafia, ambiente costeiro e geologia do Quaternário.

  1. E) Pesquisador do Instituto de Física da UERJ

21) Armando Dias Tavares Júnior (Professor Adjunto da UERJ). Concluiu o doutorado em Física pela UFRJ (1988). Desenvolveu trabalho de pós-doutorado na Scuola Normale Superiore em Pisa/Itália, no período 1991/93. Em 2000, desenvolveu trabalho de pós-doutorado na Universidade de Pisa. Tem experiência em analises espectrométricas com utilização de plasma.

Tabela com a lista de pesquisadores e respectiva produção dos últimos 5 anos (desde 2007).

Pesquisador Instituição Titulação Trabalhos Orientações em andamento Orientações concluídas
IC Monografias Mestrado Doutorado IC Monografias Mestrado Doutorado
1 Mauro Cesar Geraldes FGEL-UERJ USP

2000

13 1 3 3 3 10 8 5 3
2 Lelia Maria Kalil Thiago FGEL-UERJ UFRJ

2004

- - - - - - - - -
3 Thais Cristina Vargas Garrido FGEL-UERJ UFF

2006

4 2 - 1 - - - - -
4 Jose Renato Nogueira FGEL-UERJ UNICAMP 1999 2 2 - - - 16 6 - 1
5 Woldemar Iwanuch FGEL-UERJ USP

1991

4 - - - - - - - -
6 Ronaldo Mello Pereira FGEL-UERJ UFRJ

2001

11 - - 2 2 3 8 4 1
7 Luiza Antonieli FGEL-UERJ UFRJ

2001

2 - - - 1 3 6 3 -
8 Paulo de Tarso Menezes FGEL-UERJ On

1996

8 - - 1 - - 8 6 -
9 Sergio Bergamaschi FGEL-UERJ USP

1999

5 2 - 5 1 5 11 6 -
10 Marco Andre Malmann Medeiros FGEL-UERJ Uerj

2005

2 - - - - - 4 - -
11 Rodolfo Dino FGEL-UERJ USP

1992

4 - - 2 1 - 1 2 -
12 Soraya Gardel Carelli DG-UFRRJ UFRJ

2008

1 - - - - - 8 - -
13 Ambrosina Gontijo DG-UFRRJ UNESP

1999

2 1 - - 1 - 2 - -
14 Andrea Carmo Sampaio DGUFRRJ UFRJ

2009

1 - 1 - - - 1 - -
15 Luiz Saavedra Batista Filho IG-UERJ UFF

2012

- - - - - - 1 - -
16 Silvia Dias Pereira FAOC-UERJ UFRGS 1998 4 3 1 1 - 9 - - -
17 Hélio Heringer Villena FAOC-UERJ UERJ

2007

- - - - - - - - -
18 Renata Cardeal Rebouças FAOC-UERJ UFBA

2010

1 - - - - - - - -
19 Victor de Amorim D’Avila FAOC-UERJ CBPF

1997

2 - 3 - - 1 1 - -
20 Marcelo Sperle Dias FAOC-UERJ ON

1997

3 - 2 - - 4 3 3 -
21 Armando Tavares IF-UERJ UFRJ

1988

7 1 - - - 9 2 - -

FGEL (Faculdade de Geologia), DG (Departamento de Geociências), IG (Instituto de Geociencias), FAOC (Faculdade de Oceanografia), e IF (Instituto de Física)

Participação de alunos de graduação e pós-graduação:

aluno Nível/bolsa Instituição tema orientador
Ariadne Marra doutorado UERJ-Faculdade de Geologia Estudos de metais pesados e isotópos sedimentos da baia da Ilha Grande e georeferenciamento Mauro Cesar Geraldes
Dione Nunes do Nascimento Doutorado

Faperj

UERJ- Faculdade de Geologia Aplicação de métodos isotópicos para estudos paleoambientais na planície costeira de Itaguai Mauro Cesar Geraldes
Aline Sabino da Silva Mestrado

CAPES

UERJ-Geologia Aplicação de GPR na evolução sedimentar da Baía de Sepetiba, Rio de Janeiro Mauro Cesar Geraldes
Alessandra Barbosa Filgueiras Monografia UERJ-Oceanografia MORFOLOGIA E SISMO-ESTRATIGRAFIA DA ENSEADA DA JAPUÍBA – ANGRA DOS REIS – RJ Hélio Heringer Villena
Fellipe Macedo Soares Tavares Monografia UERJ-Oceanografia MORFOLOGIA E SISMO-ESTRATIGRAFIA DA ENSEADA DO ARIRÓ – ANGRA DOS REIS – RJ Hélio Heringer Villena
Yuri Simen Monografia UERJ-Oceanografia MORFOLOGIA E SISMO-ESTRATIGRAFIA DA ENSEADA DO BRACUÍ – ANGRA DOS REIS – RJ Hélio Heringer Villena
Sheron S. J. D. Morales, Mestrado

CAPES

UERJ-Oceanografia Investigação da arquitetura de sistemas sedimentares plataformais em diferentes níveis de resolução-Bacias de Santos e de Campos Josefa Varela Guerra
Alan Soares Martins

 

Monografia UERJ-Oceanografia Variabilidade ambiental das sequências marinhas rasas ao longo da plataforma continental interna-média ao largo do Estado do Rio de Janeiro – Bacia Santos Josefa Varela Guerra
Fernanda Nascimento de Andrade

 

Monografia UERJ-Oceanografia Investigação do transporte de material particulado em suspensão entre a baía de Sepetiba e a plataforma continental adjacente (RJ) Josefa Varela Guerra
Bruno Cordeiro de Alcântara Monografia UERJ-Oceanografia Interação entre as baías de Ilha Grande e Sepetiba com a plataforma continental adjacente Silvia Dias Pereira
Bruno Saliba de Souza e Almeida

 

Iniciação Científica UERJ-Oceanografia Utilização de equipamentos acústicos em estudos quali-quantitativos da dinâmica sedimentar de ambientes costeiros e marinhos Silvia Dias Pereira
Vinícius Santos Ramos

Cunha

Iniciação Científica UERJ-Oceanografia Detalhamento da Cobertura Sedimentar do Cone de Sedimentação do Rio Guandú - Baía de Sepetiba - RJ Silvia Dias Pereira
Rafael Fernandes Rodrigues Dias

 

Iniciação Científica UERJ-Geologia Caracterização do movimento de correntes por CTD: Baia de Ilha Grande (RJ). Mauro Cesar Geraldes
Iná Pereira Barros Iniciação Científica (CNPq) UERJ-Oceanografia Evolução Histórica da Baía
de Sepetiba: Fatores antrópicos e naturais
Silvia Dias Pereira
Jéssika Rosa Mafia Martins Iniciação Científica (FAPERJ) UERJ-Oceanografia Evolução Histórica da Baía
de Sepetiba: Fatores antrópicos e naturais
Silvia Dias Pereira
Thiago Pereira de Andrade Iniciação Científica (UERJ) UERJ-Oceanografia Evolução Histórica da Baía
de Sepetiba: Fatores antrópicos e naturais
Silvia Dias Pereira

8. Orçamento

Descrição unidade Custo unitário

R$

Custo total parcial

R$

Diárias 200 100,00 20.000,00
Serviços de terceiros
Aluguel de lancha 3 4.500,00
Aluguel de carro 20 150,00/dia 3.000,00
Aluguel de barco 10 1000,00/dia 10.000,00
Análises isotópicas (ICP-MS) 100 150,00 15.000,00
Análises de metais (ICP-MS) 130 100,00 13.000,00
Análises de metais (ICP-AES) 150 40,00 6.000,00
Análises de 14C 10 800,00 8.000,00
Total parcial pessoa juridica 59.500,00
Preparação de amostras 100 80.00 8.000,00
Total parcial pessoa fisica   8.000,00
Pequenas obras
Adequação elétrica de laboratório 8.000,00
Serviço de refrigeração 55.923,00
Adaptação de barco 20.000,00
Adaptação de laboratorio de microscopia 45.000,00
Total pequenas obras 128.923,00
Passagens aéreas
Passagens aéreas RJ-SP-RJ

(analises em laboratorios)

6 500,00 3.000,00
Passagem aérea RJ-Brasilia-RJ

(analises em laboratorios)

5 800,00 4.000,00
Passagem aérea

(estágios em laboratorios)

5 1.000,00 5.000,00
Total passagens     12.000,00
Material permanente importado
Perfilador sismico 1 (euro) 104.750,00 261.875,00
Software DELPHI (euro) 19.800 49.500,00
Marégrafo 1 (dólar) 7.500,00 13.500,00
Total de importação em reais   324.875,00
Custos de importação (18%)   55.228,00
Material permanente nacional
Microcomputador 1 8.294,00
Lap top 2 2100,00 4.200,00
Gerador portátil Honda 1 3.790,00 3.790,00
Maquina fotografica 1 4.390,00 4.390,00
Total permanente nacional     20.674,00
Material de Consumo
Cartuchos de impressoras 20 unidades 2.000,00
Combustível 600 litros    2,50 1.800,00
Ácidos, filtros, etc vários 5.000,00
Helio e recipiente de depósito 100 185,00/m3 18.500,00
Argonio e recipiente de depósito 100 128,00/m3 12.800,00
Gases especiais (F, Ne e Ar) 2 10.548,00 21.096,00
Total material de consumo     61.196,00
 
Total Geral 690.396,00

9. Justificativas dos itens orçados

Aluguel de barco e de carro. Os recursos solicitados serão empregados no aluguel de embarcações pois a instituição proponente não conta com embarcação própria. Várias etapas fundamentais do projeto dependem da disponibilidade de uma embarcação: coleta de amostras de sedimentos nos rios, baías de Sepetiba e de Ilha Grande e na plataforma continental; coleta de testemunhos de sedimentos; levantamentos sísmicos; realização das estações de amostragem das propriedades da água. Os veículos a serem alugados permitirão executar trabalhos de campo na parte continental, com o objetivo de amostragem de amostras de rochas e dos sedimentos nas drenagens principais na área de trabalho.

Diárias. O projeto proposto envolve atividades de coleta de amostras. Desta forma serão necessários trabalhos de campo totalizando 40 dias por cinco pesquisadores mais um motorista da instituição (totalizando 200 diárias).

ANÁLISES ISOTÓPICAS As análises isotópicas serão a principal ferramenta para a caracterização genética dos sedimentos foco deste estudo. Os isótopos de Pb permitem modelagem sobre as fontes e a interação dos sedimentos atuais e antigos. Estas análises compreendem a ferramenta analítica fundamental para se atingir os objetivos propostos. Elas são compostas em análises isotópicas de U e de Pb em ICP-MS (espectrometria de massa por plasma induzido) que permite a identificação das razões entre os isótopos de interesse de Pb (208Pb, 207Pb, 206Pb e 204Pb) e de U (238U e 235U).

Análises de metais (ICP-OS). Os lixiviados analisados no ICP-MS devem ter concentrações numa faixa de 20 à 40 ppb, devido a isso serão determinadas primeiro as concentrações de cada lixiviado no ICP-OES. Estando a concentração de chumbo no lixiviado acima do padrão, este será diluído para se obter a concentração ideal. Em adição, serão realizadas análises quantitativas em elementos metálicos visando a caracterização de concentrações de metais biodisponíveis nos sedimentos.

Análises de 14C As datações 14C terão o objetivo de obter as épocas de sedimentação das camadas a serem coletadas em furo de sondagem de 1-3 m na Baia da Ribeira.

Preparação de amostras. Neste item está prevista a preparação de amostras em laboratório. Em adição, os sedimentos serão tratados através de procedimentos que incluem secagem, peneiramento e lixiviação para posterior análise em espectrômetros.

Amostragem de testemunho. As amostragens de furos com coleta de testemunhos serão realizadas na Baia da Ribeira. Neste projeto estão previstas a coletas de 3 furos com amostras de testemunho para coleta de amostras para datação e estudos paleoambientais (palinologia) e geoquímicos (isótopos de Pb e metais). Estas características serão acompanhadas de idades absolutas de sedimentação a serem obtidas através de datação 14C.

Adequação elétrica de laboratório e Adequação de divisórias em laboratório. Neste item estão previstos recursos para custear pequenas obras de adaptação na parte elétrica de bancadas de laboratórios de preparação de amostras na UERJ. Em adição, estão previstas a construção de divisórias para otimização de espaços nos laboratórios e instalação de sistema computadorizado nos laboratório de petrografia.

Passagens aéreas para estágios em laboratórios. As análises aqui previstas para caracterização isotópica deverão ser realizadas em laboratórios onde os pesquisadores proponentes deste projeto realizam trabalhos de colaboração. Neste sentido, estão porevistas passagens aéras para São Paulo (USP e Brasilia (UNB).

Perfilador sísmico de alta resolução e sonar de varredura lateral- levantamentos geofísicos em águas rasas tem exigências especiais devido â pequena lämina d'ãgua. Em águas com menos de 5 metros de profundidade as fontes rebocadas não se aplicam, pois o risco de choque no fundo, o que poderia causar danos ao equipamento, é muito grande. Outro aspecto importante é a freqüência de operação, visto que os trabalhos com sedimentação recente buscam o mapeamento de camadas de pequena espessura. Dentre os equipamentos pesquisados o que melhor se encaixa no projeto, visando a realização de perfilagem sísmica de alta resolução associada ä varredura lateral é o modelo SES2000 LIGHT PLS da INNOMAR, por ser um perfilador paramétrico de alta freqüência, com transdutor reduzido e opção de sonar de varredura lateral integrado, com montagem em braço lateral ä embarcação. A resolução da sísmica deste equipamento está na casa dos 5cm, sendo a freqüência e a potência ajustáveis para trabalhar em águas extremamente rasas (< 1m) a áreas de talude continental. Estas são as motivações da escolha deste equipamento.

Software de processamento sísmico e de varredura lateral - o atuais sistemas de sísmica e varredura lateral tem saída de dados digitais georreferenciados no formato SEG-Y. Esse formato de dado permite o processamento digital do dado, não somente o traçado de linhas num "desenho", como se estivéssemos traçando os refletores num registro analógico de papel. Entretanto, para que toda essa potencialidade dos dados digitais seja aproveitada torna-se necessário um software adequado. Os programas de processamento e interpretação sísmica são mais comuns para dados de sísmica de multicanal, pois essa tecnologia foi desenvolvida para melhorar a exploração de petróleo. Os programas para sísmica rasa, de alta resolução e mono canal são mais raros e muitos são uma mera passagem do papel para a tela do computador, visto que os recursos de trabalhar no dado digital, com filtragens de freqüência não estão presentes. A escolha do software DELPHI da IXSEA se fez justamente pela gama de recursos que ele traz, não só para a sísmica como para a varredura lateral, podendo fazer-se filtragens, amplificações de sinal, mosaicos 2D para varredura e 3D para sísmica.

Microcomputador. Computador de alta performance: as exigências dos software de processamento sísmico e geração de mapas vai muito além do que normalmente utilizamos, pois os requisitos de memória, capacidade de armazenamento e recursos de vídeo. Uma máquina destas não é encontrada disponível na universidade e, portanto, deve ser adquirida para atender a demanda gerada pelo projeto. Assim sendo foi feito um levantamento de preço no site "Boadica .com.br", optando-se pela configuração solicitada (Computador Core I7, com 24Gb de memória RAM, 2HD de de 1TB, Gravador de blue Ray, placa de vídeo GEFORCE GTX560 2Gb DDR5, gabinete com fonte Seventeen de 600V Reais, No Break de 1KVA, Monitor LCD FULL HD). Este equipamento será utilizado para o tratamento dos dados coletados, elaboração de textos para publicação e relatórios.

Marégrafo de pressão para áreas costeiras - a aquisição de dados de maré de forma contínua é cada vez mais uma constante nos estudos oceanográficos costeiros, basicamente por ser essa a principal componente das forçantes de circulação. No caso de levantamento geofísico, onde os dados devem ser reduzidos do efeito da maré, esse equipamento reduz os erros de leitura e a imprecisão das réguas de marés devido às ondas, além de acabar com o custo de manter alguém por longos períodos no campo ou a contratação de serviço de alguém local, sem experiência no trabalho de leitura de régua de maré. Assim sendo, faz-se a solicitação de um marégrafo Falmouth Scientific, um fabricante conceituado mundialmente, com painel solar para a alimentação elétrica. Com esse equipamento poderemos ter a aquisição de dados contínuos numa taxa de aquisição bem maior que a leitura a cada 15 minutos quando se utiliza uma régua de maré.

Gerador Honda EU20i - essa aquisição é solicitada em função dos requisitos do equipamento de sísmica para seu funcionamento, pois a batimetria e o posicionamento funcionam com baterias automotivas de 12 V. A alimentação do sistema de sísmica e varredura lateral deve ser feita por um gerados de 110V, como o que está sendo solicitado.

Lap top Hp ENVY 14T 1000 CTO - Computador destinado à coleta e processamento dos dados de maré a serem coletados pelo marégrafo solicitado. Optou-se por um lap top de alta performance a fim de que um único computador atendesse a coleta dos dados a ser feita mensalmente na estação de maré, bem como ao processamento dos dados e cálculos dos harmônicos de maré e demais filtragens a serem feitas.

MATERIAL DE CONSUMO E CombustíveL. Este item visa custear materiais como papel para impressoras, papel para plotter, cartuchos de impressoras, impressão de fotografias, etc. Os gases como Ar, He e misturas especiais são utilizados nos laboratórios de analises isotópicas em fase de instalação e em testes. Os trabalhos de campo serão realizados com saidas a partir do Rio de Janeiro, com estágios de campo de 1 a 3 dias nas áreas continentais limítrofes do oceano entre Paraty e Ilha Grande.

10. Infra-Estrutura disponível para a realização do projeto (contrapartidas)

A FACULDADE DE GEOLOGIA (FGEL-UERJ) tem experimentado nos últimos anos uma evolução substancial no quadro das geociências no Brasil. O amadurecimento constante de seus cursos de graduação e pós-graduação, nos diferentes vetores do ensino, pesquisa e extensão, tem sido aferido através de importantes indicadores de desempenho, tais como: aumento de número de estudantes e de bolsas oferecidas pelos órgãos oficiais de fomento; expressiva captação de recursos diretos e indiretos; crescimento das atividades de cooperação nacionais e internacionais; ampliação numérica e de titulação do seu corpo docente; e crescente número de publicações científicas em revistas nacionais e do exterior. A Faculdade de Geologia conta, para o desenvolvimento de suas atividades de pesquisa, com o apoio de diversos laboratórios, descritos a seguir, que dispõem de adequados recursos nas áreas de informática e de processamento de amostras para análises mineralógicas, químicas, bioestratigráficas e análises geocronológicas.

O Laboratório Geológico de Processamento de Amostras (LGPA) concentra todos os procedimentos físicos requeridos para análises químicas e geocronológicas. Está plenamente equipado para britagem, moagem, pulverização e separação granulométrica/mineralógica em condições limpas. Possui facilidades para confecção de lâminas petrográficas e seções polidas, além de adequado espaço para armazenamento de amostras.

O Laboratório de Geoprocessamento (LABGIS) é um laboratório de "geomática" criado com o objetivo de desenvolver e aplicar métodos e técnicas vinculadas ao Sistema de Informações Geo-referenciadas (SIG) e Processamento Digital de Imagens (PDI) visando auxiliar nas tomadas de decisões integradas nas áreas de meio ambiental e de prospecção mineral, apoiando atividades de pesquisa e ensino.

A Faculdade de Oceanografia (FAOC-UERJ) possui quatro laboratórios que dão apoio aos departamentos; neste projeto, participarão pesquisadores vinculados ao Laboratório de Oceanografia Geológica (LOG), responsável pelas análises granulométricas, processamento dos dados geofísicos coletados pelo sistema Boomer, dos dados para determinação das concentrações e dos padrões de transporte do Material Particulado em Suspensão (MPS). A infra-estrutura disponível inclui os equipamentos necessários para o processamento das amostras de sedimentos (peneiras, vibradores, estufas, balanças analíticas, centrífuga, analisador de partículas Malvern, além de vidrarias). Também está disponível todo o material necessário para a coleta e filtração das amostras de água. Finalmente, está disponível o equipamento necessário para a coleta dos perfis sobre as propriedades da água (CTD) equipado com sensores como transmissômetro, nefelômetro, fluorímetro, sensor de oxigênio dissolvido, além de temperatura, salinidade e pressão; este equipamento, em fase de importação, foi adquirido com recursos de projeto aprovado no âmbito do Edital de Apoio a Grupos Emergentes 2008, Processo E-26/111.516/2008. Para o levantamento geofísico está disponível um sistema Boomer fabricado pela Applied Acoustics, recentemente adquirido com recursos da FAPERJ (Edital Apoio às Universidades Estaduais Uerj, Uenf e Uezo 2008, Processo E-26/110.555.757-20)

11. Cronograma

Tabela - Cronograma de trabalho relativo à 3 (tres) anos de projeto.

12. Tabela de projetos desenvolvidos pelos participantes

Projeto Título Início/Final Equipe Fomento
1 O impacto ambiental da contaminação por metais pesados na bacia hidrográficas do rio São Domingos e Guandu: aplicação de isótopos de Pb em sedimentos para identificação de fontes antropogênicas em ambientes fluviais no Estado do Rio de Janeiro 2007/2009 Mauro Cesar Geraldes (*); Silvia Dias Pereira; Hernani Aquini Fernandes Chaves CNPq
2 Detalhamento da cobertura sedimentar do cone de sedimentação do Rio Guandú - Baía de Sepetiba – RJ 2007/2009 Silvia D. Pereira (*); Hernani Chaves;.Hélio Heringer Villena FAPERJ
3 Petrogênese e geocronologia das rochas alcalinas da serra de Nova Iguaçu e Morro de São João: caracterização do vulcanismo cretácico no Estado do Rio de Janeiro 2008/2010 Mauro Cesar Geraldes (*); Miguel A. Mane; Renata Schmitt FAPERJ
4 Caracterização oceanográfica do meio físico da Baia de Paraty e Enseada do Pouso - Rio de Janeiro/RJ 2008/2010 Silvia D. Pereira (*); Friedrich Herms; Hélio Vilhena; Hernani Chaves; Mauro C. Geraldes; Marco A.Hansen CNPq
5 Laboratorio de Petrografia da Faculdade de Geologia da UERJ 2010

Edital Apoio a UERJ, UENF e UEZO

Mauro Cesar Geraldes (*) e Corpo Docente da Faculdade de Geologia-UERJ FAPERJ
6 Estudos oceanográficos e geológico-geofísicos integrados nos ambientes de baías e de plataforma continental ao largo do Estado do Rio de Janeiro 2010/2012 Cleverson G. Silva (*); Mauro C. Geraldes; Antonio T. dos Reis; Silvia D. Pereira; Yasmin Friederichs; Renata Maia; Christian Gorini; Marina Rabineau; Lucia Artusi; CAPES
7 O magmatismo alcalino continental e marinho e suas implicações na formação margem continental do sudeste brasileiro 2011

Edital Grupos Emergentes

Mauro Cesar Geraldes (*) e Corpo Docente da Faculdade de Geologia-UERJ FAPERJ
8 Interação entre a Baia de Sepetiba e Ilha Grande: Padrões de circulação e sedimentação e a influencia antropica 2010/2012

Edital Pensa Rio (encerrado e em prestação de contas)

Mauro Cesar Geraldes (*); Silvia D. Pereira Hernani Chaves;.Hélio Heringer Villena, Antonio T. dos Reis; FAPERJ
9             Estudos termocronológicos Ar-Ar dos maciços alcalinos do Estado do Rio de Janeiro 2009

CIENTISTA DO NOSSO ESTADO

Mauro Cesar Geraldes (*) FAPERJ
10 Estudos termocronológicos Ar-Ar, cinemáticos e magnetométrico das rochas e diques alcalinos da Ilha de Trindade Edital MCT/CNPq Nº 026/2009 - Programa

Arquipélago e Ilhas Oceânicas

Mauro Cesar Geraldes (*)

Renata Schmitt

Evertos Bongiolo,

 

CNPq

12. Comite Gestor de Equipamentos

Mauro Cesar Geraldes, Hélio Heringer Villena e Silvia D. Pereira.

13. Bibliografia sobre o tema

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