O Método Rb-Sr

Introdução

Os elementos Rb e Sr estão presentes na maioria das rochas ígneas, metamórficas e sedimentares, entretanto a concentração desses elementos raramente passa de 1% (Turekian e Wedepohl, 1961). Tanto o Rb quanto Sr não são elementos constituintes dos minerais silicáticos formadores das rochas com exceção do Sr que participa na formação do carbonato estroncianita e do sulfato celestita, os quais são encontrados em alterações hidrotermais e rochas sedimentares como nos carbonatos.

Apesar do Rb ter sido descoberto no final do século XIX no mineral lepidolita e a sua radioatividade ter sido demonstrada em 1906 por Canpbell & Wood, apenas 30 anos depois que o 87Rb foi identificado como um isótopo com radioatividade natural (Hahn et al, 1937; Mattauch, 1937). A importância destes dois elementos para a geocronologia se baseia principalmente em dois aspectos. Primeiramente o isótopo radioativo 87Rb decai para o isótopo estável 87Sr (Figura 1). Desta forma a quantidade de 87Sr em um mineral ou rocha contendo Rb aumenta continuamente em função do tempo, permitindo o uso de ambos para a determinação de idades. Em segundo lugar, o isótopo radiogênico 87Sr pode ser utilizado como um traçador em certos processos geológicos, tais como estudos pretrogenéticos, de depósitos minerais e na evolução isotópica dos oceanos.

Figura 1. Os isótopos de interesse para o método Rb-Sr.

O Rb apresenta dois isótopos naturais, o 85Rb e o 87Rb cujas abundâncias são respectivamente 72,16% e 27,83%. Com estes valores pode-se dizer que a razão 85Rb/87Rb é igual a 2,593 e constante para materiais da Terra, da Lua e do sistema solar, incluindo meteoritos, formados conjuntamente a partir de uma mesma nuvem solar (Catanzaro et al., 1969). O Sr tem quatro isótopos naturais: 88Sr, 87Sr, 86Sr e 84Sr cujas respectivas abundâncias são aproximadamente 82,53%, 7,04%, 9,87% e 0,56%. O método de datação Rb-Sr é baseado no decaimento do 87Rb, através da emissão de uma partícula b, para o 87Sr de acordo com uma constante de decaimento (l) igual a 1,42 x 10-11 anos-1 segundo Davis et al., (1977) e Steiger & Jager (1977) e meia vida de 47,0 ± 1,0 Ba (Flynn e Glendenin, 1959) e 52,1 ± 1,5 Ba segundo Brinkman et al. (1965) e 48,8 ± 0,8 Ba segundo Neumann e Huster (1974).

A possibilidade de datação de minerais ricos em Rb, através do decaimento do 87Rb para o 87Sr, foi discutido pela primeira vez por Hahn & Walling (1938), e a primeira determinação de idade pelo método Rb-Sr ocorreu poucos anos depois (Hahn et al, 1943). Entretanto este método de datação tornou-se de ampla utilização apenas na década de 1950 quando o espectômetro de massa baseado no modelo desenvolvido por Nier tornou-se disponível. A aplicação desse método também dependeu do desenvolvimento da técnica de diluição isotópica combinada com a cromatografia para separação dos elementos de interesse. Uma importante contribuição na literatura sobre um método de datação Rb-Sr foi apresentado por Faure & Powell (1977) que apresentaram os aspectos históricos as bases teóricas e a aplicabilidade deste método de datação.

Geoquímica do Rb-Sr

O elemento Rb é um metal alcalino do grupo IA da tabela periódica onde são ainda incluídos o H, Li, Na, K, Cs e Fr. Todos esses metais alcalinos são monovalentes positivos com baixa eletronegatividade e fortes ligações iônicas com elementos não-metálicos como o oxigênio. A distribuição de Rb é governada na natureza primeiramente pelo seu pequeno raio atômico (1,48 Å) o que permite a sua substituição no sítio do K (raio = 1,33 Å) na maioria dos minerais formadores de rocha. Entre esses minerais pode se citar as micas (biotita, flogopita, muscovita e lepidolita), os feldspatos potássicos (ortoclásio e microclino) e alguns argilo-minerais e minerais evaporíticos. Minerais em pegmatitos podem conter altas concentrações de Rb quando comparados com os mesmos minerais em rochas ígneas e metamórficas. A concentração de Rb no plagioclásio é baixa como o resultado da dificuldade do Rb substituir o Na (raio atômico = 0,95Å).

O elemento Sr é membro do grupo IIA da tabela periódica que inclui o Be, Mg, Ca, Ba e Ra. Todos estes elementos alcalinos terrosos apresentam duas valências positivas formando ligações iônicas com elementos não metálicos. A distribuição de Sr em rochas é controlada pela substituição do Ca+2 (raio atômico = 0,99Å) pelo Sr+2 (raio atômico = 1,13Å) em minerais ricos em Ca, e em menor importância pode ocorrer a substituição do Sr no lugar o K. Desta forma os principais minerais formadores de rocha com Sr são o plagioclásio e a apatita em oposição aos baixos teores desse elemento em piroxênios. Durante a cristalização magmática, o Sr inicialmente substitui o Ca no plagioclásio e o progresso no processo de diferenciação e a cristalização de feldspatos potássicos induz a substituição do Sr pelo K.

Desta forma, observa-se que o Rb apresenta comportamento geoquímico distinto ao Sr. Durante o processo de formação e diferenciação da crosta o Rb tende a se concentrar nas rochas mais diferenciadas enquanto que o Sr permanece com maior concentração nas rochas menos diferenciadas (Tabela 1). Conseqüentemente a razão Rb/Sr no magma residual tende a aumentar gradualmente no curso da cristalização fracionada de forma que esse processo pode fornecer produtos finais com diferentes razões Rb/Sr.

Rocha Rb,

ppm

K,

ppm

Sr,

ppm

Ca,

ppm

Ultrabásica 0.2 40 1 25,000
Basáltica 30 8,300 465 76,000
Granito de alto Ca 110 25,200 440 25,300
Granito de baixo Ca 170 42,000 100 5,100
Sianito 110 48,000 200 18,000
Filito 140 26,600 300 22,100
Arenito 60 10,700 20 39,100
Carbonatos 3 2,700 610 302,300
Margas 10 2,900 2000 312,400
Argilas 110 25,000 180 29,000

Tabela 1. Variações composicionais de Rb e Sr nas principais rochas terrestres. 

Idades Rb-Sr

O crescimento da quantidade de isótopo 87Sr radiogênico em minerais ricos em Rb pode ser descrito por uma equação equivalente (Figura 2) a equação da lei da radioatividade vista no capítulo I. Nesta equação o número total de 87Sr em um mineral é função do número de 87Sr inicial presente no mineral somado ao número de isótopos de 87Rb que sofreram decaimento durante o período de tempo t.

Figura 2. Equação fundamental da geocronologia aplicada ao método Rb-Sr.

É útil dividir esta equação pelo valor de 86Sr (Figura 3) uma vez que as razões entre isótopos são mais facilmente determináveis em laboratório de espectrometria de massa do que o número de átomos de 87Sr ou 87Rb em um mineral ou rocha . Este procedimento é matematicamente correto uma vez que o número total de átomos 86Sr permanece constante, enquanto o número de 87Sr aumenta pelo decaimento de 87Rb.

Figura 3. Equação utilizada para o cálculo de idade Rb-Sr.

Esta equação é a base para a determinação de idades pelo método Rb-Sr. Como condição para que a idade obtida signifique a idade do mineral algumas condições precisam ser atendidas:

  1. O mineral se comportou como um sistema fechado desde a sua formação.
  2. Não houve um evento térmico que tenha provocado a rehomogeneização isotópica após a cristalização do mineral ou rocha.
  3. A constante de decaimento deve ser perfeitamente conhecida.
  4. O isótopo radiogênico (87Sr) teve sua origem somente através do decaimento do isótopo radioativo (87Rb).

O processo de cristalização fracionada dos magmas envolve a separação de minerais do líquido resultando na formação de suítes ígneas comagmáticas cujos produtos apresentam diferentes composições químicas. Se o Sr em um magma foi homogeneizado isotopicamente ao longo do período de resfriamento pode se assumir que todas as rochas geradas a partir deste magma apresentam a mesma razão 87Sr/86Sr inicial. Em adição considera-se que o tempo necessário para a cristalização do magma foi relativamente curto e todos os produtos gerados por esse processo têm a mesma idade. Para o cálculo e idades de processos magmáticos foi inicialmente proposto na década de 1960 a utilização de idades modelo Rb-Sr baseadas na suposição de que as razões iniciais 87Sr/86Sr tendem a ser cerca de 0,705, o que veio a ser demonstrado como equivocado por Compston e Jeffery (1959).

Figura 4 A idade isocrônica depende da coleta de amostras com diferentes razões Rb/Sr para que haja um espalhamento dos pontos e a reta obtida seja a mais precisa possível.

Para a cristalização de rochas co-magmáticas, as análises das razões isotópicas 87Sr/86Sr e 87Rb/86Sr deverão formar um alinhamento de pontos cuja reta é representada por uma equação do primeiro grau do tipo y = b + mx. Isto permitiu a Nicolaysen,(1961) desenvolver o cálculo de idade através de uma isócrona uma vez que os pontos representam um sistema tendo a mesma idade t e mesma razão inicial 87Sr/86Sr. O valor de m desta equação representa a declinação da reta que está relacionada com a idade das amostras comagmáticas de forma que m = el t –1. O valor de b representa o intercepto no eixo y e corresponde ao valor da razão inicial 87Sr/86Sr. Uma suíte de rochas co-magmáticas de idade t definirá uma isócrona somente quando cada membro da suíte tiver a mesma razão inicial 87Sr/86Sr (Figura 5) e quando a rocha tiver se mantido como um sistema fechado para o Rb e o Sr desde a sua formação, conforme proposto por Wetheril et al. (1968) e anteriormente sugerido por Schreiner (1958).

Para datar ígneas co-magmáticas pelo método Rb-Sr, uma suíte de rochas deve ser coletada de forma que haja uma distribuição mais ampla possível de razões Rb/Sr de forma a permitir a construção da isócrona a partir de pontos bem espalhados. Após a obtenção dos resultados analíticos, os dados são lançados em um diagrama 87Sr/86Sr x 87Rb/86Sr (Figura 4). Uma reta é adequada aos pontos do diagrama através de procedimentos estatísticos (desenvolvidos por York, 1966, 1967, 1969; McIntyre et al., 1966; Willianson, 1968, Brooks et al., 1972; Cameron et al., 1981) a fim de fornecer os valores da declividade e do intercepto (b) com maior precisão possível. A idade então é obtida através da equação m = el t -1 e o resultado indica o tempo decorrente desde a formação das amostras da suíte.

As idades isocrônicas obtidas graficamente passaram a ser utilizadas por um grande número de geocronólogos em vários paises pela aplicação das técnicas de regressão e são muito úteis até os dias atuais no desnvolvimento de novos métodos como Sm-Nd e Re-Os. Entretando Papanastassiou e Wasserburg (1970) descobriram que a escala vertical dos diagramas isocrônicos é demasiado curto para a visualização dos dados isotópicos. Para solucionar esta questão estes autores desenvolveram a notação e definido como o desvio da medida em relação ponto original obtido da análise multiplicado por um fator de 104. Esta notação foi utilizada para estudo de datação pelo método Rb-Sr em rochas lunares. Outras propostas de lançamento de resultados isotópicos Rb-Sr em diagramas foram propostos por Provost (1990) e Ludwig (1990, 1998) e são utilizadas de forma generalizada pelos laboratórios de geocronologia.

Figura 5. Feições básicas da isócrona Rb-Sr.

O aumento de 87Sr em rochas e minerais

Durante a cristalização fracionada do magma, o Sr tende a ser concentrado no plagioclásio, enquanto o Rb permanece na fase líquida. Conseqüentemente a razão Rb/Sr do magma residual tende a aumentar gradualmente. A partir deste comportamento geoquímico do Rb e do Sr pode-se deduzir que as composições isotópicas do manto e da crosta apresentam características diferentes (Figura 6). Neste sentido o manto apresenta uma baixa razão Rb/Sr e conseqüentemente o aumento de 87Sr a partir do decaimento do 87Rb ocorre em uma taxa inferior se comparado ao aumento do 87Sr na crosta superior. A razão 87Sr/86Sr do manto primordial teve um valor próximo de 0,700 o que é confirmado por valores de 87Sr/86Sr inicial em meteoritos. O valor atual de 87Sr/86Sr do manto está próximo de 0,705 obtido em análises de rochas basálticas coletadas em cadeias meso-oceânicas.

Por outro lado a crosta superior apresenta altos valores Rb/Sr o que permitiu durante a evolução geológica desta camada uma maior taxa de crescimento dos valores de 87Sr em relação ao ambiente mantélico. Os valores de razão 87Sr/86Sr iniciais das primeiras crostas continentais geradas no planeta apresentavam valores equivalentes às razões iniciais 87Sr/86Sr do manto, isto é, por volta de 0,700. Nos dias atuais os valores de 87Sr/86Sr de rochas crustais tendem a ser maiores que 0,730. Em adição, a razão Rb/Sr na crosta inferior é menor do que na crosta superior, de forma a apresentar uma evolução do isótopo de 87Sr equivalente ao do manto.

Figura 6. As razões iniciais 87Sr/86Sr apresentam valores que caracterizam um ambiente geológico e determinam as razões inicias 87Sr/86Sr das rochas geradas em cada um destes reservatórios.

O comportamento do sistema isotópico Rb-Sr

O desenvolvimento de técnicas analíticas mais precisas para datação como o método U-Pb tem permitido uma melhor avaliação dos significados das idades Rb-Sr. No item anterior foram apresentados os pré-requisitos para datação de rochas e minerais, como a necessidade de que as concentrações de Rb e Sr e suas razões 87Sr/86Sr devem ser resultado somente do decaimento do 87Rb para 86Sr. Quando essa condição não é satisfeita, as idades calculadas não indicam a idade da rocha ou mineral, mas podem indicar a idade do processo de alteração que provocou a abertura do sistema Rb-Sr.

O potencial do método Rb-Sr para aplicações geocronológicas e como parâmetro petrogenético (razão inicial 87Sr/86Sr, Figura 7) foi reconhecido desde o início do seu desenvolvimento em função de haver uma ampla variação das razões Rb/Sr em minerais formadores de rochas. Porém a exatidão das isócronas Rb-Sr é em grande parte dependente de quanto e se o sistema se manteve fechado desde sua formação. Infelizmente o radionuclídeo 87Rb é um elemento alcalino de grande mobilidade geoquímica que permite uma grande facilidade na abertura do sistema de forma a fornecer idades anômalas.

Figura 7. Diagrama mostrando a evolução isotópica de Sr durante o tempo geológico.

A interpretação de idades obtidas em amostras de rochas e minerais que tenham sido alteradas é complexa por diversas razões. Inicialmente pode não haver paragênese mineral ou texturas que evidenciem a alteração. Em segundo lugar o distúrbio do sistema de Rb-Sr pode ter afetado apenas os minerais enquanto a rocha total pode ter permanecido como um sistema fechado. E a alteração apenas em minerais geralmente resulta em idades discordantes sem significado geológico. Por sua vez o método Rb-Sr permite identificar, através de idades discordantes em minerais, processos de alteração que tenham atingido a rocha e que não sejam detectáveis por outras técnicas analíticas.

De especial importância para a petrologia é o processo de redistribuição dos valores de Rb e Sr durante os eventos metamórficos. O Sr radiogênico expelido da biotita usualmente não deixa a rocha e é preferencialmente incorporado em minerais ricos em cálcio, como a apatita e plagioclásio (Figura 8). De todos os minerais formadores de rocha a biotita e a fengita têm a mais alta razão Rb-Sr. Entretanto, durante o rejuvenescimento a biotita perde Sr com alta contribuição de 87Sr radiogênico e conseqüentemente fornece idades anômalas diferentes quando comparado com a idade fornecida pela rocha total (Figura 9). Por outro lado, quando completamente rejuvenescida pelo evento metamórfico, a idade Rb-Sr passa a indicar o tempo decorrido desde o período de resfriamento da biotita (marcando a passagem do mineral pela temperatura de 300 ± 50o C), idade esta equivalente a idade K-Ar no mesmo mineral. Nesse sentido as idades Rb-Sr em biotita podem indicar quando o resfriamento regional atingiu a temperatura de aproximadamente 300ºC porem no caso da mica branca (fengita e muscovita) e estaurolita (Purdy e Jäger, 1976) a temperatura de bloqueio pode estar por volta de 500ºC.

Figura 8. A rehomogeneização isotópica (difusão do 87Sr) pode ocorrer entre as fases minerais mas pode se manter constante no sistema representado pela rocha total. A idade isocrônica obtida pela análise dos minerais separadamente pode fornecer a idade do metamorfismo (mais jovem). Uma isócrona RT pode fornecer a idade da cristalização (mais antiga).

Vantagens e desvantagens do método

O método Rb-Sr pode ser aplicado em um grande número de rochas e minerais devido a ampla ocorrência dos elementos Rb e Sr em uma grande quantidade de minerais formadores de rocha. De todos os métodos, o Rb-Sr apresenta a mais forte conexão com a petrologia e geoquímica. Rb e Sr são elementos traços presentes em rochas formadas em diversos ambientes tectônicos o que permite a caracterização desses ambientes através do parâmetro petrogenético 87Sr/86Sr nos produtos dos processos geológicos. Desta forma o método Rb-Sr pode ser aplicado no estudo de idades e assinaturas isotópicas em processos magmáticos, metamórficos, sedimentares e metalogenéticos.

A principal desvantagem do método é que o isótopo radioativo e radiogênico apresentam comportamentos geoquímicos distintos como no caso de processos de fracionamento magmático. Em adição a mobilidade geoquímica dos elementos de interesse no interior de grãos de minerais e de rochas permite um fácil abertura do sistema acarretando ganhos e perdas dos isótopos de interesse o que resulta em idades sem significado geológico. Pode-se também afirmar que pelas características do método Rb-Sr como mobilidade geoquímica e a facilidade de abertura do sistema as idades fornecidas merecem uma atenção especial para suas interpretações. Como exemplo, pode-se citar que as idades Rb-Sr em rochas magmáticas são sistematicamente mais jovens do que as idades obtidas pelo método U-Pb (Pidgeon e Johnson, 1974). Esta diferença entre as idades Rb-Sr e U-Pb em rochas magmáticas pode indicar que a primeira fornece idades de resfriamento (quando os isótopos de Sr e Rb apresentam mobilidade apesar do estado sólido, segundo Dodson, 1973) e a segunda fornece idades de cristalização. Poder ocorrer também a presença de isótopo de Sr herdado de protólito o que pode resultar em idade mais antiga do que a idade do evento de retrabalhamento, como reportado por Bofinger e Compston (1967). O método Rb-Sr tem sido largamente utilizado no Brasil para estudos geocronológicos e petrogenéticos, como pode ser encontrado nos seguintes trabalhos: Macedo e Bonhomme, 1984; Moraes-Brito et al., 1993; Pimentel e Fuck, 1994; Ronchi et al., 1993; Tassinari, 1981; Trouw e Pankhurst, 1993.

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